A maior parte das orações dirige-se a Deus Padre:
a) porque Nosso Senhor nos ensinou a rezar: Padre Nosso (Mt 6);
b) porque Ele é o nosso medianeiro (Jo 6). Por isso é muito conveniente se dirija à primeira Pessoa.
Há outras relativamente poucas que se dirigem a Deus Filho. Na Liturgia galicana êste modo de oração não era raro; esta Liturgia estava em vigor na Gália, Burgúndia e Lombardia, regiões estas muito empestadas pelos arianos. Contra êles se professava a fé na divindade de Jesus Cristo, dirigindo as orações' à segunda Pessoa "para que se não cresse que só o Pai pudesse ser invocado. com palavras expressas." (Bellarm., de Missa 11, cap. 16.)
Ao Espírito Santo não se dirige nenhuma oração, i. é, coleta. (Durand., IV, c. 15, n. 11; Eisenh., I, 205; Iungmann, 102.) "Pois o Espírito Santo é o Dom e ao dom não se pede o dom, mas antes ao seu doador: portanto se pede ao Pai e ao Filho e a Eles se dirige a petição como aos doadores, e não ao Espírito Santo, o qual é o Dom e de ambos procede igualmente." (Durand, loco cit.)
Fonte: Curso de Liturgia, Pe. João Batista Reus, pág 51.