(do original: MANIPULACIONES PSIQUICAS DEL MOVIMIENTO CARISMÁTICO)
SITE: http://www.cristiandadfm.com/documentos/desmitif_Manipulacion.htm
TRADUÇÃO DE JORGE LUIS
"Julgamos o Movimento Carismático como uma das orientações mais perigosas da Igreja em nosso tempo, estreitamente ligado em espírito com outros movimentos destrutivos e separadores que ameaça com grave dano a sua unidade e a inumeráveis almas.” Arcebispo Robert Dwyer” (Christian Order, maio 1995, pág. 265)
O CONTROLE MENTAL
Para adentrarmos na grande mentira diabólica do ‘Controle Mental’, utilizaremos o trabalho do especialista ALBERTO HORÁCIO ÁVILA (psicólogo social) em sua obra “OS PERIGOS DO CONTROLE MENTAL” da série TERCERO MILÊNIO (Ed. Claretiana, 1993 – publicada na Argentina), série dirigida por Monsenhor Héctor Aguer, então bispo auxiliar de Buenos Aires, obra que conta com sua Censura Eclesiástica e com o Imprimatur de Mons. Dr. Eduardo Mirás, vigário geral da Arquidiocese de Buenos Aires em 1992.
Devemos recordar antes de ingressar de vez neste tema que o autor irá nos falar sobre Controle Mental, não dos Carismáticos ou de Betancourt(1). Nós, havendo estudado anteriormente os textos do padre Dario Betancourt, devemos realizar a correspondente concordância com o que sob o título de ‘Controle Mental’ aqui se expõe. Devido a que muitas concordâncias poderão passar desapercebidas, ressaltaremos com negrito as partes que estas técnicas de manipulação do pensamento, que é o ‘Controle Mental’, tem com o que o padre Betancourt nos quer fazer crer que a Igreja tenha praticado sempre.
O licenciado em Psicologia e especialista em seitas, Presidente da Fundação SPES, José Maria Baamonde é quem assina o prólogo do trabalho e diz entre outras coisas sobre os ‘cursos de Controle Mental:
"Estes cursos prometem solucionar todos os problemas e servem, segundo seus mentores, para agilizar o estudo, desenvolver a memória, triunfar nos negócios, arranjar casamentos (que geralmente depois do curso se desarranjam ainda mais), vencer dependências de qualquer tipo, emagrecer, dominar poderes supostamente paranormais, realizar viagens astrais, diagnosticar enfermidades de pessoas que não conhecemos e logo tratá-las terapeuticamente, comprar um automóvel, encontrar o ‘Deus interior’, viver em harmonia com o cosmos... enfim, a Bíblia e o aquecedor.”
“Isto que poderia gerar um alívio, culmina em alguns casos, em tragédias. Como bem explica o autor da presente obra, o Controle Mental como tal, não existe, senão que se implementam técnicas de sugestão hipnóticas, com os conseqüentes riscos psicofisiológicos que o uso indiscriminado das mesmas pode provocar entre os cursantes.”
“Outro elemento importante a levar em conta é que cada vez são mais as seitas, especialmente as de tipo ‘psicoterapêutico’ ou de ‘reabilitação pessoal’, que para o recrutamento de novos membros oferecem, em um proselitismo enganoso, a possibilidade destes cursos, iniciando a pessoa em um caminho que, às vezes, não tem retorno.”
“Lamentavelmente os promotores destas técnicas se guardam muito de mencionar estes perigos e só falam do ‘poder ilimitado de nossa mente’ e ‘como dominá-la ao nosso desejo’. Possivelmente por este último o subtítulo ideal do controle mental seja: ‘...E sereis como Deuses’ do Gênesis. A primeira e mais antiga das tentações segue tendo em nossos dias toda a vigência que teve no princípio dos tempos;”
Podemos já ver aqui os elementos em comum com o que temos visto lendo os livros do padre Dario Betancourt com respeito à cura e mais especificamente no último parágrafo. Tudo ocorre pelo poder da oração feita por mim. Não como interecessora, mas como algo eficaz, enquanto que eu o desejo e o quero.
“Com segurança é difícil que o leitor não tenha ouvido falar sobre Controle Mental ou Poder Mental através de autores internacionais e nacionais como José Silva, Lauro Trevisan, Dr. Las Heras ou Prof. Lotitto. O capitalismo selvagem, com seu decadente materialismo, a falta de objetivos, a falta de credibilidade nas igrejas históricas, têm favorecido e fomentado o retorno dos ‘bruxos’. Oferecem uma mercadoria desejável: esoterismo, mantras, novos e melhores estados de consciência, experiências místicas, paraísos prometidos. As técnicas e métodos utilizados nos cursos são para dominar e possuir o estudante ou adepto, cujas características mas sobressalentes são as de ser pessoas frustradas social ou pessoalmente, com problemas de saúde, debilitadas emocionalmente. Personalidades que na maioria das vezes se encantam com a parapsicologia são seduzidas pela panacéia destes ‘mercadores de ilusões’.”
“Assistimos a um aumento do interesse por libertar o potencial que possui nossa mente, em busca de supostos poderes mágicos ocultos. Essa tendência massiva inutiliza o sentido crítico e fomenta o pensamento mágico convertendo as pessoas em seres vulneráveis à exploração e inclusive, como veremos adiante, pondo em perigo sua estabilidade psíquica. Toda essa ondulação surge da exploração, durante os últimos anos, desse potencial da mente humana e dos ‘Estados Alterados de Consciência (EAC).”
“Paradoxalmente, essa avidez científica pela mente e suas potencialidades procede do uso massivo de drogas (as drogas denominadas ‘dilatadoras da mente’, como a mescalina e o LSD ou dietilamida do ácido lisérgico). Milhares de jovens se entregaram, durante os anos 60, à experiência da ‘dilatação da mente’ com alucinógenos. Estas drogas proporcionaram a muitos experiências visionárias e místicas, revelações de indescritível beleza, cores, dimensões e forma; momentos de assombrosa compreensão, de compaixão, de amor.”
“Todos hoje conhecemos o triste resultado destas ‘magníficas experiências’. Finalmente, as experiências com estas drogas ‘psicodélicas’ se interrompeu e sua posse se converteu em um delito. Nesse contexto, surgiu a idéia de que os mesmos estavam relacionados com muitas das teorias e sentimentos que líderes espirituais haviam desejado e desejavam fazer compreender a seus seguidores.”
“O interesse pelas filosofias religiosas aumentou a curiosidade pela meditação e quando técnicas de exame interior aparecia, adquiriu um novo significado.Se iniciou assim um novo tipo de exploração: a busca de novos ‘estados de consciência’ presumidamente mais elevados e benéficos, esperançados em que não fora necessário o uso de drogas para alcançá-los.”
“Parecia que, enfim, o místico oriente teria algo a oferecer ao materialista ocidente.”
“Toda esta tendência de viu reforçada pelas notícias de investigadores que falavam sobre o sucesso dos meditadores da India, China e Japão. Entrando em um estado de consciência ‘especial, demonstravam um extraordinário controle de algumas funções fisiológicas. Variações voluntárias da freqüência cardíaca, da temperatura corporal, da pressão arterial, de processos digestivos, etc.”
“É assim como um terreno vai se preparando e os ‘mercadores de ilusões’, sempre dispostos, mesclam e unificam, ao ‘gosto do cliente’, cada uma destas coisas, para obter um dos produtos mais ‘vendáveis’ dos últimos tempos, o Controle Mental. Uma mescla de misticismo oriental com a tecnologia do ocidente.”
É irrefutável que ao falar de ‘gosto do cliente’ nos encontramos com essa adaptação que temos feito referência anteriormente, tanto da Renovação Carismática, que trataram de adaptar-se ao Catolicismo, para logo protestantizar aos católicos, como o padre Dario Betancourt, que mescla todas as técnicas e oferecem aos bispos e sacerdotes um produto ‘quase católico’, que secundado com a terrível apostasia que se vive em todo o mundo faz crer facilmente que é um reviver, uma revitalização da Igreja de Cristo, quando, analisando os ditos e escritos destes ‘sacerdotes’ nos damos conta que na verdade está muito longe de ser um rejuvenecimento da fé, senão que pelo contrário nos deparamos com uma demolição sistemática.
“Se sabe oficialmente que governos como os dos EUA, através da CIA, tem desenvolvido vários projetos de ‘Controle Mental’ com o objetivo de manipular a vontade dos seres humanos. As técnicas foram aplicadas em milhares de pessoas em hospitais militares, clínicas privadas e presídios.”
“Os campos de experimentação incluíam a perda da memória, a criação de dependências, alterações da conduta sexual, as diversas formas de sugestão, o desenvolvimento da percepção extrassensorial.”
“Parece até que estamos falando de ficção científica mas não é.”
“Aparecem as chaves de nossa unificação: a ‘sugestão’ que afirma utilizar em suas técnicas o padre Dario Betancourt e por outro lado o desenvolvimento da percepção extrassensorial, de maneira ilusória como por exemplo nas técnicas de ‘banho de luz’ e ‘palavra de conhecimento’ com as supostas telepatias com Nosso Senhor.”
“Com respeito às origens do que hoje conhecemos como ‘Controle Mental’ em nosso país (Argentina), se origina como uma das tantas técnicas de meditação e que, paulatinamente, vai incorporando elementos esotéricos e pseudo-espirituais, alcançando uma ‘melange’ pseudo-científica e pseudo-religiosa.”
É importante mergulhar no mito que se denomina CONSCIÊNCIA ALFA ou ESTADO ALFA. As origens se mesclam entre os dados extraídos do âmbito científico e idéias supersticiosas derivadas do ocultismo e esoterismo.
“O mito da CONSCIÊNCIA ALFA forma-se a partir de um elemento científico: as investigações em eletroencefalografia sobre os estados alterados de consciência, que começam na década de 50. Entre outras coisas se pretendia investigar o sono, os estados hipnóticos e outros estados alterados de consciência (EAC).”
“Assim começam a estudar-se as chamadas ‘ondas mentais’ que estão diretamente relacionadas ao fato de que o cérebro se comporta como um aparato elétrico produzindo pequenas correntes que variam segundo os estados mentais.”
“O eletroencefalograma recolhe os distintos sinais elétricos que o cérebro produz e permite uma análise posterior.”
“Deste modo se chega com o tempo à classificação destes padrões de ondas:
- ONDAS ALFA: são observadas em sujeitos despertos com os olhos fechados, em repouso físico e mental. Quer dizer, o ambiente deve ser confortável e relativamente livre de estímulos. Em outras circunstâncias, em sujeitos normais, se podem registrar ondas alfa, por exemplo nas primeiras horas do sono ou durante uma anestesia geral bem ligeira. Pode estar ausente em certos sujeitos normais. Pode, assim mesmo, ser bem amplo, permanente ou aparecer com os olhos abertos em certas condições.”
Recordemos aquilo que nos dizia o padre Dario Betancourt na página 80 sobre COMO SE FAZ O BANHO DE LUZ. Lá diz Betancourt: É NECESSÁRIO ANTES DE TUDO UM LUGAR TRANQUILO QUE CONVIDE À ORAÇÃO... É MUITO IMPORTANTE ACALMAR O ESPÍRITO PARA ENTRAR EM ORAÇÃO. Poderíamos pensar que o que Betancourt quer obter, segundo o Controle Mental, um ambiente propício para que se gerem as Ondas Alfa.
O resto das ondas que se registraram são: Ondas Beta, que se registram no indivíduo desperto, em atividade; as Ondas Delta, que se observam nos primeiros anos de vida, durante o sono profundo e em anestesia geral. Fora desses estados a aparição de ondas delta é sinal de estado patológico. Finalmente, aparecem as Ondas Theta, que se registram durante o sono e se interrompem em ocasiões por estados penosos.
“Destas investigações se desprendia a relação que existia entre a produção de ondas alfa e sua associação a estados subjetivos de sensações de paz, relaxamento, tranqüilidade, etc. Um psiquiatra norte-americano, Joe Karniya, se embocou à investigação da possibilidade de ensinar-se às pessoas a distinguir seus próprios ritmos mentais, a reconhecer os ritmos alfa dos ritmos beta. Em sua busca experimentou com sujeitos normais, em seu laboratório de Chicago, USA, usando os registros de EEG.”
“Com o propósito de registrar as frequências das ondas alfa, se fazia soar um sinal para que, neste preciso momento, o sujeito de experimentação ‘adivinhara se estava produzindo onda alfa ou ondas beta. Imediatamente era informado se havia acertado ou não, produzindo o que se chama uma retroalimentação ou feedback.”
“As provas iniciais alcançaram resultados interessantes. Os percentuais de acerto variavam entre 60 e 80%, o que fazia supor a possibilidade de treinar, então, aos sujeitos para que produzissem voluntariamente ondas alfa.”
“Esta interessante curiosidade científica se associou de imediato às notícias sobre estudos EEG realizados em meditadores orientais, praticantes em sua maioria de zen e de ioga. Estas notícias mostravam que os praticantes destas diversas técnicas, em plena meditação, produziam grande quantidade de ondas alfa.”
“É assim como da união indiscriminada e apriorística destas notícias com o agradável condimento do mágico e esotérico, surge um dos mais manifestos mal-entendidos dos instrutores e difusores do Controle Mental; se os meditadores como ioguis, lamas, gurus, etc. quando se encontram em plena meditação, ou mais corretamente, ‘transe’, a maioria das vezes caracterizado por um estado subjetivo de calma, paz, bem-estar, êxtase, sensação de iluminação, etc., produzem grande quantidade de ondas alfa, se conseguirmos fazer as pessoas produzir ondas alfa conseguiremos que elas obtenham paz, bem-estar, relax, saúde, êxtase, estados transcendentais, etc!!!”
Citemos algo em referência ao denominado ‘transe’: se denomina assim a um estado hipnoide, sonabúlico, no qual caem frequentemente meditadores, ioguis, médiuns, etc. durante suas práticas e que muitas vezes parece ser necessário para a manifestação de suas suspeitas faculdades. Este estado psicofisiológico especial denominado ‘transe’ (de transitus, passamento; passar de um estado a outro) é descrito muitas vezes como uma forma de auto-hipnose, já que difere da hipnose que provoca a heterossugestão pela ausência de subordinação a um hipnotizador, ademais, em geral, a passividade não se encontra tão acentuada como se crê, podendo-se observar todas as transições, inclusive o desdobramento da personalidade. Sua aparição não depende completamente da vontade, se bem que muitos ‘meditadoes’, ‘controladores mentais’ podem entrar em transe com inteira segurança, utilizando técnicas distintas e na maioria das vezes empregam uma aceleração viva do ritmo respiratório (hiperventilação) entre outras.
“Nisto consistiu basicamente o estratagema do Controle Mental. Simplesmente ‘blindaram’ argumentos mediante uma estipulação implícita. Para ele estipularam um novo significado para o conceito de ‘estado alfa’ ou ‘consciência alfa’, colocando e associando-o com paz, harmonia, relax, êxtase, etc...”
“Baseando-se nesta falsa teoria, de que esta nova forma de autocontrole pouparia, aparentemente, os muitos anos de estudo para dominar as ‘técnicas de meditação orientais’ e, também, dando renda solta ao pensamento mágico subjacente em todo ser humano (esquecendo-se um ‘pouco’ os métodos científicos), supuseram ter encontrado a chave de outros muitos segredos da mente vinculados a crenças orientais, ocultistas, esotéricas e gnósticas.”
“Foi assim que em meados da década de 60 começaram a surgir grupos que ofereciam (e oferecem) o ensinamento do que chamam: ‘estados alfa’, entrar em alfa’, ‘chegar ao nível alfa’, ‘meditação alfa’ e outras necessidades pelo estilo.”
“Estes grupos ofereciam e oferecem atualmente (claro que com novos toques mágicos para melhorar o marketing), cursos em que prometem saúde, prosperidade, paz mental, sono profundo pelas noites, maior criatividade, controle de hábitos perniciosos (cigarro, alcoolismo, etc.), controle da dor, novas capacidades para resolver os problemas que se confrontam com o mágico (senão com o ridículo), supostas faculdades para poder ‘curar’ aos demais e até o desenvolvimento da percepção extra-sensorial (telepatia, clarividência, etc.). Toda esta panacéia com simplesmente alcançar o ‘estado alfa’ (a esta altura a ‘alfamania’ é patologicamente visível).”
Lembremos que estas técnicas de Controle Mental são ensinadas em cursos em hotéis ou salões; se bem que em muitas coisas diferem-se da problemática dos Carismáticos em geral e do Padre Betancourt em particular, devemos entender que “os resultados estão orientados para o mesmo lado” e com estamos vendo a base das técnicas utilizadas são as mesmas.
A diferença é que no caso dos Carismáticos a credibilidade do pregador está alicerçada com uma grande publicidade e o grande ‘escudo’ de ser católico, enquanto que nos doutrinadores das seitas e grupos de Controle Mental esta credibilidade deve ser conquistada diante do auditório. Em ambos os casos temos a certeza de que a maioria dos que vão assistir ao encontro possuem características especiais tanto cultural quanto socialmente, como também no que denominamos ‘mentalidade mágica’.
“Para alcançar seu objetivo, (estes grupos) não deixam de servir-se indiscriminadamente e em uma atitude abertamente negligente e irresponsável, de uma grande variedade de sistemas que misturam, dentre os que se incluem, principalmente, técnicas de relaxamento, meditação, hipnose, pensamento positivo, hiperventilação, exercícios físicos, programações subconscientes mediante sugestão e auto sugestão e aprendizagem do que chamam “visualização criativa”.
As semelhanças começam a nos surpreender. Já falamos do que para o padre Dario Betancourt significa a utilização da “visualização criativa”, ou seja as técnicas de imaginação de situações, conversas, etc.
É no parágrafo seguinte (pág. 23) onde as “suspeitas” começam a tornar-se “certezas”:
“Por exemplo, Silva Mind Control oferece cursos de 48 horas, que constam de várias conferências e sessões de ‘condicionamento’. Estes se cumprem com leituras e meditações utilizando algumas das ‘exclusivas’ técnicas de Silva, assim como também técnicas mais tradicionais de psicoterapia e hipnose. Exatamente como na maioria dos ‘doutrinamentos’ cúlticos, o Controle Mental Silva leva a cabo suas sessões desde a parte da manhã (9 hs) até tarde da noite (22 hs). Esta atitude tende a sobrecarregar o indivíduo e a eliminar eficazmente qualquer tipo de reflexão crítica sobre o que se tenha dito e sobre o que se esteja pensando. Isto chega a fatigá-lo a tal ponto que provavelmente o indivíduo perde a maior parte de suas barreiras racionais.”
As chamadas ‘sessões de evangelização’ da Renovação Carismática tem exatamente esta duração (ainda que comecem mais cedo e encerrem um pouco antes que os de Silva). A sucessão de ‘pregações’ vai criando o clima necessário para a posterior utilização das técnicas de Reforma do Pensamento ou Condicionamento de Conduta que Betancourt leva mais adiante.
Tudo deve começar com uma “sessão de música”, chamada também de “Ministério de Música” ou “Música de operação”, que como o nome indica vai operando condicionamentos nos assistentes através da sensibilização, emoção, e aumento de tensão. Logo depois aparece o pregador, que é recebido de maneira triunfal, e que eleva ainda mais a tensão do auditório que o esperava ansiosamente (e não se dava conta que era manipulado pela “sessão de música de operação”) com um Crucifixo que é levantado pelo pregador incitando-os à descarga parcial da tensão acumulada. Obviamente a fixação do pregador com a imagem de Nosso Senhor é poderosa para a psique dos crentes.
A experiência que vivemos nos dias 13 e 14 de novembro de 1999, em San Luis, Argentina, nos diz que o Padre Betancourt recomendou especialmente aos organizadores locais que disseram às pessoas a importância e a necessidade de assistir ambos os dias completos.
O primeiro dia (sábado dia 13) começou por volta das 10 hs devido a problemas com o som, o que desagradou profundamente aos organizadores. Um deles, em declarações afirmou que lamentavam (os organizadores e o Padre Betancourt) esta demora, já que o evento devia começar com a “música de operação” a fim de predispor melhor aos assistentes. Mais claro, impossível!
“Talvez definir o que entendemos por “sugestão” em medicina e psicologia seja uma tarefa difícil. Na atualidade, todo tratamento de psicoterapia gira ao redor do emprego da sugestão, independentemente do método empregado para o tratamento das alterações psíquicas, e na mesma esfera das modificações somáticas de origem no psíquico, se atribuem muitas vezes à sugestão o principal sucesso obtido ao empregar a mesma em estado de vigília ou hipnótico.”
“A palavra sugestão vem do verbo ‘sugerir’, que significa ‘fazer entrar no ânimo de uma idéia. Propor.’ Existem duas maneiras pelas quais a sugestão chega ao conhecimento do indivíduo. Uma aparentemente normal e outra na qual esta penetra na pessoa graças a um estado especial de sua personalidade ou sua consciência. Não é o mesmo uma sugestão que podemos receber ao ver um filme, que se introduz por um discurso ou uma ação em conjunto de indivíduos entre os quais nos podemos encontrar.”
“Uma sugestão externa constitui, de certo modo, o começo do despertar de nossos conhecimentos e a ela se une logo uma autosugestão que nós mesmo realizamos.”
Algo que sempre nos chama a atenção por parte dos adeptos da Renovação Carismática é o seu alto grau de messianismo, ou seja sentir-se, ou crer-se, ungidos, distintos, com poderes que só os que estão dentro deste grupo parecem poder desenvolver.” E esta é talvez sua característica mais secreta.
Ao utilizar uma terminologia que os diferencia do resto dos católicos (e que os aproxima dos protestantes) os ingênuos seguidores crêem ter deste modo participação no grupo de onde ‘o Espírito Santo abençoa’ e portanto usam um vocabulário especialíssimo.
Esta linguagem ou jargão utilizado não é outra coisa senão o que se chama “formulação de propósitos” ou “propósitos formulados” em psicologia. Não esqueçamos que já nos fizeram crer que as palavras são eficazes para a cura. O exemplo mais patético está na página 103 do livro Vengo a Sanar, do Padre Dario Betancourt sobre a “Palavra de conhecimento”, que assegura:
MUITAS VEZES COINCIDE O ANÚNCIO DA PALAVRA DE CONHECIMENTO COM O ATUAR DE DEUS. EM OUTRAS OCASIÕES, PARECE QUE A PALAVRA DE CONHECIMENTO, POR SER CAMINHO DO ESPÍRITO, É PALAVRA EFICAZ QUE REALIZA SEU CONTEÚDO. ASSIM COMO QUANDO DEUS DISSE ‘HAJA LUZ’ E ESTA APARECEU, DE MANEIRA ANÁLOGA AO ANUNCIAR-SE A CURA, ESTA SE REALIZA.”
Sobre isto, Ávila em seu livro diz:
“Estas ordens podem ter uma ‘força hipnótica’ e, quando alguma vez se praticam com sucesso, é porque se equiparam, quanto aos efeitos, à sugestão. Mas este sucesso (um doente que melhora, um adepto que ‘adivinha’ algo), se divulga a toda voz e aos quatro ventos, enquanto que se desconhecem os fracassos, pois aquela pessoa que fez caso ao Controle Mental e teve problemas, não se manifestará jamais por medo de passar ridículo. O Controle Mental pretende através do desenvolvimento de suspeitas faculdades extrassensoriais, diagnosticar doenças nas pessoas e/ou nos animais, atuar sobre a saúde de qualquer ser humano, seja ele conhecido ou não.”
“Basicamente o Controle Mental nos diz que empregando a técnica chamada ‘Percepção efetiva sensorial’ podemos nos projetar mentalmente em objetos, na matéria vivente em inclusive em seres humanos. Fixe-se o leitor que não se trata simplesmente de imaginar que alguém está ali, mas que, de acordo com os pregadores do Controle Mental, efetivamente estaremos ali. Esta projeção imaginária nos fará superar as barreiras do espaço e de todas as leis físicas conhecidas, convertendo-nos em uma espécie de médicos à distância.”
“Trata-se de leso e plano curandeirsmo.”
Nestes parágrafos, o autor nos mostra de modo impressionante as semelhanças com os casos que a Renovação Carismática mostra como ‘milagres’ e ‘testemunhos’. O recurso à imaginação, como já dissemos, não é somente fantasia para os ingênuos, mas também um recurso muito perigoso.
Nas técnicas estudadas (banho de luz e palavra de conhecimento) é a própria imaginação que origina o fenômeno interior. Não há dúvida de que a confusão gerada tanto pelas técnicas em si, como pelo envolvimento ‘condicionado’ de música e ‘fé’, predispõem estes ingênuos seguidores a desenvolver uma consciência mágica que lhes faz ver manifestações de Deus em todas as coisas. Incrivelmente a maior parte dos sacerdotes que de algum modo colaboram com os Carismáticos ajudam na criação desta consciência mágica.
Um foco que se queima e a deflagração produzida pela ruptura do filamento se esparge pelo interior do vidro: “É o Espírito Santo.” Se pela forma do filamento que é do tipo M (ou seja, mais baixo que seus extremos e mais alto em dois picos centrais) essa deflagração se transforma em uma mancha em forma de ‘M’ a resposta é: “A Virgem Maria que está me falando.”
Em uma manhã de umidade, no vôo de um pássaro, na borra do café, ou em qualquer coisa costumeira, com a consciência assim confundida os adeptos da Renovação Carismática e de outros grupos ‘pseudo-místicos’ crêem ter revelações especiais. É que têm sido condicionados nessa ‘mentalidade mágica’, supersticiosa e anti-cristã por estas técnicas de Controle Mental, sugestão e auto-hipnose.
“Toda afetação orgânica, visceral ou de qualquer outra espécie, comporta necessariamente um elemento psicológico. Se se atua somente sobre o elemento psíquico concomitante, a ‘cura’ necessariamente será então somente aparente. Isto é o que acontece nos tão aclamados casos supostamente efetivos de cura do Controle Mental. Seus criadores e recriadores nos falam somente dos casos ‘bem sucedidos’, mas as provas de seguimento e comprovação científica brilham por sua ausência... Por que será?
Na Renovação Carismática ocorre exatamente o mesmo. As curas são circunstanciais, menores, fúteis, pouco estudadas e dirigidas somente à percepção consciente da dor, ou seja somente aparente. As provas nunca aparecem. Nunca demonstram publicamente a verdade do que se proclama em seus meios de comunicação. No mais, frente à ausência de testemunhos concretos de cura, o próprio Padre Dario Betancourt e seus seguidores locais anunciaram que os efeitos muitas vezes não se dão no mesmo momento do ‘show de curas’, mas que se deve esperar pacientemente pelos próximos dias, porque as curas vão acontecendo ‘aos poucos’. “A meta principal dos métodos do Controle Mental é a remoção dos sintomas. A maioria das curas são passageiras precisamente por ser efeito da sugestão ou auto-sugestão e não de uma verdadeira remoção das causas.”
“Podem surgir ‘fenômenos’ devido a esse estado especial de consciência, de onde por alguma das pretendidas ‘técnicas’ forçamos uma dissociação de nosso inconsciente e algumas de suas faculdades se manifestam um pouco, pela pequena fenda que abrimos no psiquismo. Algo perigosíssimo, pois junto a estes ‘fenômenos’ podem emergir uma variada gama de traumas latentes. Estes traumas poderiam encontrar-se ocultos, sem atuação. Mas poderiam sair à superfície ou se já saíram reforçar-se e agravar-se. Para algumas pessoas propensas (desequilibrados, doentes fronteiriços, hiperemotivos e hipersensíveis) uma só experiência provocada pode ter conseqüências nefastas.
Existe algo que chama a atenção de quem estuda o Movimento Carismático, o Controle Mental e outras técnicas e grupos da mesma espécie. Os adeptos que se decepcionam são poucos. Estes não retornam nunca mais. Sem embargo um alto percentual daqueles que assistiram aos eventos dos Carismáticos, ainda que não recebam ‘dons’, curas ou outro tipo de manifestações especiais, permanecem com o grupo e não se afastam. As condições de manipulação mental a que são submetidos pelos doutrinadores são tão profundas que lhe criam esta dependência. São manipulados psiquicamente por premissas de auto-hipnose. Formulação de propósitos e sugestão. Além do mais lhe fazem crer que se não acontece o que eles esperam (manifestações sensíveis e especialmente a cura) é por culpa deles e não dos pregadores ou organizadores. Só é culpa dos próprios adeptos. Não deixarão de repetir até bastar frases como esta: “Segundo as disposições e a cooperação individual os sacramentos são mais eficazes” com o que lhe diz às pessoas uma mensagem que no interior do adepto soará como: “Se me curou é obra dos Carismáticos (ou de Betancourt, por exemplo), mas, é por minha culpa, porque me falta fé, porque sou um grande pecador, etc.”
Sem dúvida é uma obra diabólica que pode desembocar na desesperação pela salvação, posto que previamente tem sido identificada esta com a cura corporal.
“Todas estas interpretações errôneas são produto da mentalidade distorcida com a firme intenção de manipular psiquicamente ao adepto, para depois doutriná-lo”.
SITE: http://www.cristiandadfm.com/documentos/desmitif_Manipulacion.htm
TRADUÇÃO DE JORGE LUIS
"Julgamos o Movimento Carismático como uma das orientações mais perigosas da Igreja em nosso tempo, estreitamente ligado em espírito com outros movimentos destrutivos e separadores que ameaça com grave dano a sua unidade e a inumeráveis almas.” Arcebispo Robert Dwyer” (Christian Order, maio 1995, pág. 265)
O CONTROLE MENTAL
Para adentrarmos na grande mentira diabólica do ‘Controle Mental’, utilizaremos o trabalho do especialista ALBERTO HORÁCIO ÁVILA (psicólogo social) em sua obra “OS PERIGOS DO CONTROLE MENTAL” da série TERCERO MILÊNIO (Ed. Claretiana, 1993 – publicada na Argentina), série dirigida por Monsenhor Héctor Aguer, então bispo auxiliar de Buenos Aires, obra que conta com sua Censura Eclesiástica e com o Imprimatur de Mons. Dr. Eduardo Mirás, vigário geral da Arquidiocese de Buenos Aires em 1992.
Devemos recordar antes de ingressar de vez neste tema que o autor irá nos falar sobre Controle Mental, não dos Carismáticos ou de Betancourt(1). Nós, havendo estudado anteriormente os textos do padre Dario Betancourt, devemos realizar a correspondente concordância com o que sob o título de ‘Controle Mental’ aqui se expõe. Devido a que muitas concordâncias poderão passar desapercebidas, ressaltaremos com negrito as partes que estas técnicas de manipulação do pensamento, que é o ‘Controle Mental’, tem com o que o padre Betancourt nos quer fazer crer que a Igreja tenha praticado sempre.
O licenciado em Psicologia e especialista em seitas, Presidente da Fundação SPES, José Maria Baamonde é quem assina o prólogo do trabalho e diz entre outras coisas sobre os ‘cursos de Controle Mental:
"Estes cursos prometem solucionar todos os problemas e servem, segundo seus mentores, para agilizar o estudo, desenvolver a memória, triunfar nos negócios, arranjar casamentos (que geralmente depois do curso se desarranjam ainda mais), vencer dependências de qualquer tipo, emagrecer, dominar poderes supostamente paranormais, realizar viagens astrais, diagnosticar enfermidades de pessoas que não conhecemos e logo tratá-las terapeuticamente, comprar um automóvel, encontrar o ‘Deus interior’, viver em harmonia com o cosmos... enfim, a Bíblia e o aquecedor.”
“Isto que poderia gerar um alívio, culmina em alguns casos, em tragédias. Como bem explica o autor da presente obra, o Controle Mental como tal, não existe, senão que se implementam técnicas de sugestão hipnóticas, com os conseqüentes riscos psicofisiológicos que o uso indiscriminado das mesmas pode provocar entre os cursantes.”
“Outro elemento importante a levar em conta é que cada vez são mais as seitas, especialmente as de tipo ‘psicoterapêutico’ ou de ‘reabilitação pessoal’, que para o recrutamento de novos membros oferecem, em um proselitismo enganoso, a possibilidade destes cursos, iniciando a pessoa em um caminho que, às vezes, não tem retorno.”
“Lamentavelmente os promotores destas técnicas se guardam muito de mencionar estes perigos e só falam do ‘poder ilimitado de nossa mente’ e ‘como dominá-la ao nosso desejo’. Possivelmente por este último o subtítulo ideal do controle mental seja: ‘...E sereis como Deuses’ do Gênesis. A primeira e mais antiga das tentações segue tendo em nossos dias toda a vigência que teve no princípio dos tempos;”
Podemos já ver aqui os elementos em comum com o que temos visto lendo os livros do padre Dario Betancourt com respeito à cura e mais especificamente no último parágrafo. Tudo ocorre pelo poder da oração feita por mim. Não como interecessora, mas como algo eficaz, enquanto que eu o desejo e o quero.
“Com segurança é difícil que o leitor não tenha ouvido falar sobre Controle Mental ou Poder Mental através de autores internacionais e nacionais como José Silva, Lauro Trevisan, Dr. Las Heras ou Prof. Lotitto. O capitalismo selvagem, com seu decadente materialismo, a falta de objetivos, a falta de credibilidade nas igrejas históricas, têm favorecido e fomentado o retorno dos ‘bruxos’. Oferecem uma mercadoria desejável: esoterismo, mantras, novos e melhores estados de consciência, experiências místicas, paraísos prometidos. As técnicas e métodos utilizados nos cursos são para dominar e possuir o estudante ou adepto, cujas características mas sobressalentes são as de ser pessoas frustradas social ou pessoalmente, com problemas de saúde, debilitadas emocionalmente. Personalidades que na maioria das vezes se encantam com a parapsicologia são seduzidas pela panacéia destes ‘mercadores de ilusões’.”
“Assistimos a um aumento do interesse por libertar o potencial que possui nossa mente, em busca de supostos poderes mágicos ocultos. Essa tendência massiva inutiliza o sentido crítico e fomenta o pensamento mágico convertendo as pessoas em seres vulneráveis à exploração e inclusive, como veremos adiante, pondo em perigo sua estabilidade psíquica. Toda essa ondulação surge da exploração, durante os últimos anos, desse potencial da mente humana e dos ‘Estados Alterados de Consciência (EAC).”
“Paradoxalmente, essa avidez científica pela mente e suas potencialidades procede do uso massivo de drogas (as drogas denominadas ‘dilatadoras da mente’, como a mescalina e o LSD ou dietilamida do ácido lisérgico). Milhares de jovens se entregaram, durante os anos 60, à experiência da ‘dilatação da mente’ com alucinógenos. Estas drogas proporcionaram a muitos experiências visionárias e místicas, revelações de indescritível beleza, cores, dimensões e forma; momentos de assombrosa compreensão, de compaixão, de amor.”
“Todos hoje conhecemos o triste resultado destas ‘magníficas experiências’. Finalmente, as experiências com estas drogas ‘psicodélicas’ se interrompeu e sua posse se converteu em um delito. Nesse contexto, surgiu a idéia de que os mesmos estavam relacionados com muitas das teorias e sentimentos que líderes espirituais haviam desejado e desejavam fazer compreender a seus seguidores.”
“O interesse pelas filosofias religiosas aumentou a curiosidade pela meditação e quando técnicas de exame interior aparecia, adquiriu um novo significado.Se iniciou assim um novo tipo de exploração: a busca de novos ‘estados de consciência’ presumidamente mais elevados e benéficos, esperançados em que não fora necessário o uso de drogas para alcançá-los.”
“Parecia que, enfim, o místico oriente teria algo a oferecer ao materialista ocidente.”
“Toda esta tendência de viu reforçada pelas notícias de investigadores que falavam sobre o sucesso dos meditadores da India, China e Japão. Entrando em um estado de consciência ‘especial, demonstravam um extraordinário controle de algumas funções fisiológicas. Variações voluntárias da freqüência cardíaca, da temperatura corporal, da pressão arterial, de processos digestivos, etc.”
“É assim como um terreno vai se preparando e os ‘mercadores de ilusões’, sempre dispostos, mesclam e unificam, ao ‘gosto do cliente’, cada uma destas coisas, para obter um dos produtos mais ‘vendáveis’ dos últimos tempos, o Controle Mental. Uma mescla de misticismo oriental com a tecnologia do ocidente.”
É irrefutável que ao falar de ‘gosto do cliente’ nos encontramos com essa adaptação que temos feito referência anteriormente, tanto da Renovação Carismática, que trataram de adaptar-se ao Catolicismo, para logo protestantizar aos católicos, como o padre Dario Betancourt, que mescla todas as técnicas e oferecem aos bispos e sacerdotes um produto ‘quase católico’, que secundado com a terrível apostasia que se vive em todo o mundo faz crer facilmente que é um reviver, uma revitalização da Igreja de Cristo, quando, analisando os ditos e escritos destes ‘sacerdotes’ nos damos conta que na verdade está muito longe de ser um rejuvenecimento da fé, senão que pelo contrário nos deparamos com uma demolição sistemática.
“Se sabe oficialmente que governos como os dos EUA, através da CIA, tem desenvolvido vários projetos de ‘Controle Mental’ com o objetivo de manipular a vontade dos seres humanos. As técnicas foram aplicadas em milhares de pessoas em hospitais militares, clínicas privadas e presídios.”
“Os campos de experimentação incluíam a perda da memória, a criação de dependências, alterações da conduta sexual, as diversas formas de sugestão, o desenvolvimento da percepção extrassensorial.”
“Parece até que estamos falando de ficção científica mas não é.”
“Aparecem as chaves de nossa unificação: a ‘sugestão’ que afirma utilizar em suas técnicas o padre Dario Betancourt e por outro lado o desenvolvimento da percepção extrassensorial, de maneira ilusória como por exemplo nas técnicas de ‘banho de luz’ e ‘palavra de conhecimento’ com as supostas telepatias com Nosso Senhor.”
“Com respeito às origens do que hoje conhecemos como ‘Controle Mental’ em nosso país (Argentina), se origina como uma das tantas técnicas de meditação e que, paulatinamente, vai incorporando elementos esotéricos e pseudo-espirituais, alcançando uma ‘melange’ pseudo-científica e pseudo-religiosa.”
É importante mergulhar no mito que se denomina CONSCIÊNCIA ALFA ou ESTADO ALFA. As origens se mesclam entre os dados extraídos do âmbito científico e idéias supersticiosas derivadas do ocultismo e esoterismo.
“O mito da CONSCIÊNCIA ALFA forma-se a partir de um elemento científico: as investigações em eletroencefalografia sobre os estados alterados de consciência, que começam na década de 50. Entre outras coisas se pretendia investigar o sono, os estados hipnóticos e outros estados alterados de consciência (EAC).”
“Assim começam a estudar-se as chamadas ‘ondas mentais’ que estão diretamente relacionadas ao fato de que o cérebro se comporta como um aparato elétrico produzindo pequenas correntes que variam segundo os estados mentais.”
“O eletroencefalograma recolhe os distintos sinais elétricos que o cérebro produz e permite uma análise posterior.”
“Deste modo se chega com o tempo à classificação destes padrões de ondas:
- ONDAS ALFA: são observadas em sujeitos despertos com os olhos fechados, em repouso físico e mental. Quer dizer, o ambiente deve ser confortável e relativamente livre de estímulos. Em outras circunstâncias, em sujeitos normais, se podem registrar ondas alfa, por exemplo nas primeiras horas do sono ou durante uma anestesia geral bem ligeira. Pode estar ausente em certos sujeitos normais. Pode, assim mesmo, ser bem amplo, permanente ou aparecer com os olhos abertos em certas condições.”
Recordemos aquilo que nos dizia o padre Dario Betancourt na página 80 sobre COMO SE FAZ O BANHO DE LUZ. Lá diz Betancourt: É NECESSÁRIO ANTES DE TUDO UM LUGAR TRANQUILO QUE CONVIDE À ORAÇÃO... É MUITO IMPORTANTE ACALMAR O ESPÍRITO PARA ENTRAR EM ORAÇÃO. Poderíamos pensar que o que Betancourt quer obter, segundo o Controle Mental, um ambiente propício para que se gerem as Ondas Alfa.
O resto das ondas que se registraram são: Ondas Beta, que se registram no indivíduo desperto, em atividade; as Ondas Delta, que se observam nos primeiros anos de vida, durante o sono profundo e em anestesia geral. Fora desses estados a aparição de ondas delta é sinal de estado patológico. Finalmente, aparecem as Ondas Theta, que se registram durante o sono e se interrompem em ocasiões por estados penosos.
“Destas investigações se desprendia a relação que existia entre a produção de ondas alfa e sua associação a estados subjetivos de sensações de paz, relaxamento, tranqüilidade, etc. Um psiquiatra norte-americano, Joe Karniya, se embocou à investigação da possibilidade de ensinar-se às pessoas a distinguir seus próprios ritmos mentais, a reconhecer os ritmos alfa dos ritmos beta. Em sua busca experimentou com sujeitos normais, em seu laboratório de Chicago, USA, usando os registros de EEG.”
“Com o propósito de registrar as frequências das ondas alfa, se fazia soar um sinal para que, neste preciso momento, o sujeito de experimentação ‘adivinhara se estava produzindo onda alfa ou ondas beta. Imediatamente era informado se havia acertado ou não, produzindo o que se chama uma retroalimentação ou feedback.”
“As provas iniciais alcançaram resultados interessantes. Os percentuais de acerto variavam entre 60 e 80%, o que fazia supor a possibilidade de treinar, então, aos sujeitos para que produzissem voluntariamente ondas alfa.”
“Esta interessante curiosidade científica se associou de imediato às notícias sobre estudos EEG realizados em meditadores orientais, praticantes em sua maioria de zen e de ioga. Estas notícias mostravam que os praticantes destas diversas técnicas, em plena meditação, produziam grande quantidade de ondas alfa.”
“É assim como da união indiscriminada e apriorística destas notícias com o agradável condimento do mágico e esotérico, surge um dos mais manifestos mal-entendidos dos instrutores e difusores do Controle Mental; se os meditadores como ioguis, lamas, gurus, etc. quando se encontram em plena meditação, ou mais corretamente, ‘transe’, a maioria das vezes caracterizado por um estado subjetivo de calma, paz, bem-estar, êxtase, sensação de iluminação, etc., produzem grande quantidade de ondas alfa, se conseguirmos fazer as pessoas produzir ondas alfa conseguiremos que elas obtenham paz, bem-estar, relax, saúde, êxtase, estados transcendentais, etc!!!”
Citemos algo em referência ao denominado ‘transe’: se denomina assim a um estado hipnoide, sonabúlico, no qual caem frequentemente meditadores, ioguis, médiuns, etc. durante suas práticas e que muitas vezes parece ser necessário para a manifestação de suas suspeitas faculdades. Este estado psicofisiológico especial denominado ‘transe’ (de transitus, passamento; passar de um estado a outro) é descrito muitas vezes como uma forma de auto-hipnose, já que difere da hipnose que provoca a heterossugestão pela ausência de subordinação a um hipnotizador, ademais, em geral, a passividade não se encontra tão acentuada como se crê, podendo-se observar todas as transições, inclusive o desdobramento da personalidade. Sua aparição não depende completamente da vontade, se bem que muitos ‘meditadoes’, ‘controladores mentais’ podem entrar em transe com inteira segurança, utilizando técnicas distintas e na maioria das vezes empregam uma aceleração viva do ritmo respiratório (hiperventilação) entre outras.
“Nisto consistiu basicamente o estratagema do Controle Mental. Simplesmente ‘blindaram’ argumentos mediante uma estipulação implícita. Para ele estipularam um novo significado para o conceito de ‘estado alfa’ ou ‘consciência alfa’, colocando e associando-o com paz, harmonia, relax, êxtase, etc...”
“Baseando-se nesta falsa teoria, de que esta nova forma de autocontrole pouparia, aparentemente, os muitos anos de estudo para dominar as ‘técnicas de meditação orientais’ e, também, dando renda solta ao pensamento mágico subjacente em todo ser humano (esquecendo-se um ‘pouco’ os métodos científicos), supuseram ter encontrado a chave de outros muitos segredos da mente vinculados a crenças orientais, ocultistas, esotéricas e gnósticas.”
“Foi assim que em meados da década de 60 começaram a surgir grupos que ofereciam (e oferecem) o ensinamento do que chamam: ‘estados alfa’, entrar em alfa’, ‘chegar ao nível alfa’, ‘meditação alfa’ e outras necessidades pelo estilo.”
“Estes grupos ofereciam e oferecem atualmente (claro que com novos toques mágicos para melhorar o marketing), cursos em que prometem saúde, prosperidade, paz mental, sono profundo pelas noites, maior criatividade, controle de hábitos perniciosos (cigarro, alcoolismo, etc.), controle da dor, novas capacidades para resolver os problemas que se confrontam com o mágico (senão com o ridículo), supostas faculdades para poder ‘curar’ aos demais e até o desenvolvimento da percepção extra-sensorial (telepatia, clarividência, etc.). Toda esta panacéia com simplesmente alcançar o ‘estado alfa’ (a esta altura a ‘alfamania’ é patologicamente visível).”
Lembremos que estas técnicas de Controle Mental são ensinadas em cursos em hotéis ou salões; se bem que em muitas coisas diferem-se da problemática dos Carismáticos em geral e do Padre Betancourt em particular, devemos entender que “os resultados estão orientados para o mesmo lado” e com estamos vendo a base das técnicas utilizadas são as mesmas.
A diferença é que no caso dos Carismáticos a credibilidade do pregador está alicerçada com uma grande publicidade e o grande ‘escudo’ de ser católico, enquanto que nos doutrinadores das seitas e grupos de Controle Mental esta credibilidade deve ser conquistada diante do auditório. Em ambos os casos temos a certeza de que a maioria dos que vão assistir ao encontro possuem características especiais tanto cultural quanto socialmente, como também no que denominamos ‘mentalidade mágica’.
“Para alcançar seu objetivo, (estes grupos) não deixam de servir-se indiscriminadamente e em uma atitude abertamente negligente e irresponsável, de uma grande variedade de sistemas que misturam, dentre os que se incluem, principalmente, técnicas de relaxamento, meditação, hipnose, pensamento positivo, hiperventilação, exercícios físicos, programações subconscientes mediante sugestão e auto sugestão e aprendizagem do que chamam “visualização criativa”.
As semelhanças começam a nos surpreender. Já falamos do que para o padre Dario Betancourt significa a utilização da “visualização criativa”, ou seja as técnicas de imaginação de situações, conversas, etc.
É no parágrafo seguinte (pág. 23) onde as “suspeitas” começam a tornar-se “certezas”:
“Por exemplo, Silva Mind Control oferece cursos de 48 horas, que constam de várias conferências e sessões de ‘condicionamento’. Estes se cumprem com leituras e meditações utilizando algumas das ‘exclusivas’ técnicas de Silva, assim como também técnicas mais tradicionais de psicoterapia e hipnose. Exatamente como na maioria dos ‘doutrinamentos’ cúlticos, o Controle Mental Silva leva a cabo suas sessões desde a parte da manhã (9 hs) até tarde da noite (22 hs). Esta atitude tende a sobrecarregar o indivíduo e a eliminar eficazmente qualquer tipo de reflexão crítica sobre o que se tenha dito e sobre o que se esteja pensando. Isto chega a fatigá-lo a tal ponto que provavelmente o indivíduo perde a maior parte de suas barreiras racionais.”
As chamadas ‘sessões de evangelização’ da Renovação Carismática tem exatamente esta duração (ainda que comecem mais cedo e encerrem um pouco antes que os de Silva). A sucessão de ‘pregações’ vai criando o clima necessário para a posterior utilização das técnicas de Reforma do Pensamento ou Condicionamento de Conduta que Betancourt leva mais adiante.
Tudo deve começar com uma “sessão de música”, chamada também de “Ministério de Música” ou “Música de operação”, que como o nome indica vai operando condicionamentos nos assistentes através da sensibilização, emoção, e aumento de tensão. Logo depois aparece o pregador, que é recebido de maneira triunfal, e que eleva ainda mais a tensão do auditório que o esperava ansiosamente (e não se dava conta que era manipulado pela “sessão de música de operação”) com um Crucifixo que é levantado pelo pregador incitando-os à descarga parcial da tensão acumulada. Obviamente a fixação do pregador com a imagem de Nosso Senhor é poderosa para a psique dos crentes.
A experiência que vivemos nos dias 13 e 14 de novembro de 1999, em San Luis, Argentina, nos diz que o Padre Betancourt recomendou especialmente aos organizadores locais que disseram às pessoas a importância e a necessidade de assistir ambos os dias completos.
O primeiro dia (sábado dia 13) começou por volta das 10 hs devido a problemas com o som, o que desagradou profundamente aos organizadores. Um deles, em declarações afirmou que lamentavam (os organizadores e o Padre Betancourt) esta demora, já que o evento devia começar com a “música de operação” a fim de predispor melhor aos assistentes. Mais claro, impossível!
“Talvez definir o que entendemos por “sugestão” em medicina e psicologia seja uma tarefa difícil. Na atualidade, todo tratamento de psicoterapia gira ao redor do emprego da sugestão, independentemente do método empregado para o tratamento das alterações psíquicas, e na mesma esfera das modificações somáticas de origem no psíquico, se atribuem muitas vezes à sugestão o principal sucesso obtido ao empregar a mesma em estado de vigília ou hipnótico.”
“A palavra sugestão vem do verbo ‘sugerir’, que significa ‘fazer entrar no ânimo de uma idéia. Propor.’ Existem duas maneiras pelas quais a sugestão chega ao conhecimento do indivíduo. Uma aparentemente normal e outra na qual esta penetra na pessoa graças a um estado especial de sua personalidade ou sua consciência. Não é o mesmo uma sugestão que podemos receber ao ver um filme, que se introduz por um discurso ou uma ação em conjunto de indivíduos entre os quais nos podemos encontrar.”
“Uma sugestão externa constitui, de certo modo, o começo do despertar de nossos conhecimentos e a ela se une logo uma autosugestão que nós mesmo realizamos.”
Algo que sempre nos chama a atenção por parte dos adeptos da Renovação Carismática é o seu alto grau de messianismo, ou seja sentir-se, ou crer-se, ungidos, distintos, com poderes que só os que estão dentro deste grupo parecem poder desenvolver.” E esta é talvez sua característica mais secreta.
Ao utilizar uma terminologia que os diferencia do resto dos católicos (e que os aproxima dos protestantes) os ingênuos seguidores crêem ter deste modo participação no grupo de onde ‘o Espírito Santo abençoa’ e portanto usam um vocabulário especialíssimo.
Esta linguagem ou jargão utilizado não é outra coisa senão o que se chama “formulação de propósitos” ou “propósitos formulados” em psicologia. Não esqueçamos que já nos fizeram crer que as palavras são eficazes para a cura. O exemplo mais patético está na página 103 do livro Vengo a Sanar, do Padre Dario Betancourt sobre a “Palavra de conhecimento”, que assegura:
MUITAS VEZES COINCIDE O ANÚNCIO DA PALAVRA DE CONHECIMENTO COM O ATUAR DE DEUS. EM OUTRAS OCASIÕES, PARECE QUE A PALAVRA DE CONHECIMENTO, POR SER CAMINHO DO ESPÍRITO, É PALAVRA EFICAZ QUE REALIZA SEU CONTEÚDO. ASSIM COMO QUANDO DEUS DISSE ‘HAJA LUZ’ E ESTA APARECEU, DE MANEIRA ANÁLOGA AO ANUNCIAR-SE A CURA, ESTA SE REALIZA.”
Sobre isto, Ávila em seu livro diz:
“Estas ordens podem ter uma ‘força hipnótica’ e, quando alguma vez se praticam com sucesso, é porque se equiparam, quanto aos efeitos, à sugestão. Mas este sucesso (um doente que melhora, um adepto que ‘adivinha’ algo), se divulga a toda voz e aos quatro ventos, enquanto que se desconhecem os fracassos, pois aquela pessoa que fez caso ao Controle Mental e teve problemas, não se manifestará jamais por medo de passar ridículo. O Controle Mental pretende através do desenvolvimento de suspeitas faculdades extrassensoriais, diagnosticar doenças nas pessoas e/ou nos animais, atuar sobre a saúde de qualquer ser humano, seja ele conhecido ou não.”
“Basicamente o Controle Mental nos diz que empregando a técnica chamada ‘Percepção efetiva sensorial’ podemos nos projetar mentalmente em objetos, na matéria vivente em inclusive em seres humanos. Fixe-se o leitor que não se trata simplesmente de imaginar que alguém está ali, mas que, de acordo com os pregadores do Controle Mental, efetivamente estaremos ali. Esta projeção imaginária nos fará superar as barreiras do espaço e de todas as leis físicas conhecidas, convertendo-nos em uma espécie de médicos à distância.”
“Trata-se de leso e plano curandeirsmo.”
Nestes parágrafos, o autor nos mostra de modo impressionante as semelhanças com os casos que a Renovação Carismática mostra como ‘milagres’ e ‘testemunhos’. O recurso à imaginação, como já dissemos, não é somente fantasia para os ingênuos, mas também um recurso muito perigoso.
Nas técnicas estudadas (banho de luz e palavra de conhecimento) é a própria imaginação que origina o fenômeno interior. Não há dúvida de que a confusão gerada tanto pelas técnicas em si, como pelo envolvimento ‘condicionado’ de música e ‘fé’, predispõem estes ingênuos seguidores a desenvolver uma consciência mágica que lhes faz ver manifestações de Deus em todas as coisas. Incrivelmente a maior parte dos sacerdotes que de algum modo colaboram com os Carismáticos ajudam na criação desta consciência mágica.
Um foco que se queima e a deflagração produzida pela ruptura do filamento se esparge pelo interior do vidro: “É o Espírito Santo.” Se pela forma do filamento que é do tipo M (ou seja, mais baixo que seus extremos e mais alto em dois picos centrais) essa deflagração se transforma em uma mancha em forma de ‘M’ a resposta é: “A Virgem Maria que está me falando.”
Em uma manhã de umidade, no vôo de um pássaro, na borra do café, ou em qualquer coisa costumeira, com a consciência assim confundida os adeptos da Renovação Carismática e de outros grupos ‘pseudo-místicos’ crêem ter revelações especiais. É que têm sido condicionados nessa ‘mentalidade mágica’, supersticiosa e anti-cristã por estas técnicas de Controle Mental, sugestão e auto-hipnose.
“Toda afetação orgânica, visceral ou de qualquer outra espécie, comporta necessariamente um elemento psicológico. Se se atua somente sobre o elemento psíquico concomitante, a ‘cura’ necessariamente será então somente aparente. Isto é o que acontece nos tão aclamados casos supostamente efetivos de cura do Controle Mental. Seus criadores e recriadores nos falam somente dos casos ‘bem sucedidos’, mas as provas de seguimento e comprovação científica brilham por sua ausência... Por que será?
Na Renovação Carismática ocorre exatamente o mesmo. As curas são circunstanciais, menores, fúteis, pouco estudadas e dirigidas somente à percepção consciente da dor, ou seja somente aparente. As provas nunca aparecem. Nunca demonstram publicamente a verdade do que se proclama em seus meios de comunicação. No mais, frente à ausência de testemunhos concretos de cura, o próprio Padre Dario Betancourt e seus seguidores locais anunciaram que os efeitos muitas vezes não se dão no mesmo momento do ‘show de curas’, mas que se deve esperar pacientemente pelos próximos dias, porque as curas vão acontecendo ‘aos poucos’. “A meta principal dos métodos do Controle Mental é a remoção dos sintomas. A maioria das curas são passageiras precisamente por ser efeito da sugestão ou auto-sugestão e não de uma verdadeira remoção das causas.”
“Podem surgir ‘fenômenos’ devido a esse estado especial de consciência, de onde por alguma das pretendidas ‘técnicas’ forçamos uma dissociação de nosso inconsciente e algumas de suas faculdades se manifestam um pouco, pela pequena fenda que abrimos no psiquismo. Algo perigosíssimo, pois junto a estes ‘fenômenos’ podem emergir uma variada gama de traumas latentes. Estes traumas poderiam encontrar-se ocultos, sem atuação. Mas poderiam sair à superfície ou se já saíram reforçar-se e agravar-se. Para algumas pessoas propensas (desequilibrados, doentes fronteiriços, hiperemotivos e hipersensíveis) uma só experiência provocada pode ter conseqüências nefastas.
Existe algo que chama a atenção de quem estuda o Movimento Carismático, o Controle Mental e outras técnicas e grupos da mesma espécie. Os adeptos que se decepcionam são poucos. Estes não retornam nunca mais. Sem embargo um alto percentual daqueles que assistiram aos eventos dos Carismáticos, ainda que não recebam ‘dons’, curas ou outro tipo de manifestações especiais, permanecem com o grupo e não se afastam. As condições de manipulação mental a que são submetidos pelos doutrinadores são tão profundas que lhe criam esta dependência. São manipulados psiquicamente por premissas de auto-hipnose. Formulação de propósitos e sugestão. Além do mais lhe fazem crer que se não acontece o que eles esperam (manifestações sensíveis e especialmente a cura) é por culpa deles e não dos pregadores ou organizadores. Só é culpa dos próprios adeptos. Não deixarão de repetir até bastar frases como esta: “Segundo as disposições e a cooperação individual os sacramentos são mais eficazes” com o que lhe diz às pessoas uma mensagem que no interior do adepto soará como: “Se me curou é obra dos Carismáticos (ou de Betancourt, por exemplo), mas, é por minha culpa, porque me falta fé, porque sou um grande pecador, etc.”
Sem dúvida é uma obra diabólica que pode desembocar na desesperação pela salvação, posto que previamente tem sido identificada esta com a cura corporal.
“Todas estas interpretações errôneas são produto da mentalidade distorcida com a firme intenção de manipular psiquicamente ao adepto, para depois doutriná-lo”.
Esta frase final de Ávila nos deixa a chave completa para compreender o que acontece com a Renovação Carismática:
“Por trás do enorme aparato pseudo-científico e comercial montado para a difusão do Controle Mental, se esconde um amálgama de ambição econômica, pretensões de poder e delírio messiânico. Se esconde em definitivo o perigoso mecanismo das seitas que os conduz à ignorância, à miséria, à alienação e à destruição.”
TÉCNICAS DE INDUÇÃO A CRISE HISTÉRICA
Finalmente e para ilustrar melhor transcrevemos do livro SEITAS E LAVAGEM CEREBRAL (original: SECTAS Y LAVADO DE CEREBRO – ED. BONUM, 1991) do licenciado em Psicologia José María Baamonde este capítulo que nos descreve claramente os ‘casos de sanidade’ (pág. 76):
“A presente é uma técnica utilizada por vários movimentos e, de forma preferencial, por parte daqueles que dizem realizar ‘curas’ ou ‘exorcismos’. Nestes grupos é freqüente ver que ao fazer a imposição das mãos ou outro gesto já estipulado, por parte do líder do grupo, se registrem desmaios ou crises convulsivas em meio a fortes e desgarradores gritos, ou fenômenos de transe diversos.”
“Tais efeitos não respondem a nada mágico, nem milagroso ou sobrenatural.”
“Tão somente é a consciência lógica da utilização de uma técnica psicológica conhecida com o nome de ‘Indução à Crise Histérica’ ou, simplesmente como ‘técnica de indução à crise’, a qual pretende obter uma sorte de choque nas pessoas que são submetidas à mesma.”
“A forma de levá-la a cabo é relativamente simples. Se medirmos em um gráfico a intensidade e inflexão da voz que implementa a técnica, observaríamos os seguintes passos:
- Contando com um auditório previamente preparado, pois veio se relembrando com antecedência não somente sobre o poder inegável do influenciador, mas também sobre a segurança de que se operarão ‘milagres’ e ‘grandes maravilhas’, o influenciador começa a falar calmamente e desde um nível 1.
- Logo depois de começar, incrementa o volume da voz e a inflexão da mesma, até chegar a um nível 4. Esta é uma técnica básica de oratória que pretende, entre outras coisas, mobilizar o auditório. Se o influenciador falasse em um tom monocorde obteria um efeito inverso quase hipnótico, de adormecimento, também muitas vezes utilizado.”
É importante que recordemos que no caso dos Carismáticos muitos dos processos que Baamonde descreve são ‘pulados’ porque a predisposição dos adeptos é tal que não se necessitam tantas irrupções de gritos e inflexões. Será compensada esta carência com o esgotamento físico (calor ou frio, fome e outros incômodos) que facilitarão o aumento da tensão residual.
“No caso que estamos analisando se busca, com o aumento de tensão na voz do influenciador, um aumento recíproco da tensão no auditório.”
“Ao chegar ao nível 4, produz uma descarga da tensão acumulada. Esta descarga geralmente se leva a cabo por meio de exclamações que são, em seguida, repetidas pelo auditório (por exemplo: Aleluia! Glória a Deus! Amém! Graças Jesus! Etc.).”
“Agora se observa que esta descarga é parcial, já que faz cair a tensão tão somente até um nível 3, ou seja, não alcança a extrair a totalidade da tensão acumulada no auditório, e resta em conseqüência uma carga residual de tensão.”
“O influenciador retoma o discurso porém não de onde havia começado, no nível 1, mas inicia a partir do nível 3. Daí volta a incrementar a tensão da voz; até chegar ao nível 6, e produz uma nova descarga.”
“Esta nova descarga, mais violenta e com um uso repetido e ‘in crescente’ dos términos utilizados, chega a um nível 5, pelo que aumenta a carga residual de tensão acumulada.”
“O influenciador prossegue a partir do nível 5 e assim sucessivamente, até que a carga de tensão acumulada no auditório se torna impossível de suportar e necessita ser descarregada violentamente, em forma de choque.”
“Assim começam a gerar-se os clássicos desmaios, gritos histéricos e diversas formas de transe.”
“As pessoas submetidas a tal técnica e que efetuam esta descarga violenta da tensão acumulada em forma de choque registram uma série de sintomas psicofisiológicos muito interessantes.”
“Primeiramente, se observa uma espécie de anestesia sensitiva a nível do córtex cerebral. Por isto é tão freqüente que aquele que sofria de reumatismo, úlcera no duodeno, etc, não registre na forma consciente a dor, e se crê curado.”
“O reumatismo e a úlcera continuam; o que se detém temporariamente é a percepção consciente das dores provocadas por tal ou qual doença.”
“Este fenômeno fisiológico se vê reforçado por outro de ordem psicológico, que consiste em um mecanismo de defesa inconsciente, da integridade iogue.”
“Se de alguma maneira pudéssemos ‘escutar’ o inconsciente, este diria algo mais ou menos assim: ‘Não passei toda essa experiência de tensão para ficar igual. Necessariamente não tenho que sentir mais dor’, ou ‘...necessariamente tenho que ser distinto’.
“A esta síndrome psicofisiológica de anestesia sensitiva, se adiciona um forte estado confusional, característico de todo choque.”
“Chamado estado confusional, entre outros elementos, é ele que possibilita que ao despertar ou sair do estado de crise, o sujeito aceite facilmente a instrução ou explicitação que o influenciador dê a respeito. Se explica assim a total ausência de questionamentos ou pensamento crítico por parte do ‘danificado’, ao ser-lhe dito, por exemplo, que foram exorcizados e retirados vinte demônios de seu corpo.”
CONCLUSÃO FINAL
“Vêem só visões disparatadas, só fazem predições enganosas, eles que dizem: oráculo do Senhor! quando o Senhor não os enviou; e, todavia, esperam a realização de sua palavra. Não é verdade que não tendes senão visões ineptas e não fazeis senão predições enganadoras, quando dizeis: oráculo do Senhor, quando eu não falei coisa alguma? E, por isso, eis o que diz o Senhor Javé: porque proferis oráculos enganadores e tendes visões mentirosas, eu vou castigar-vos - oráculo do Senhor Javé. Estenderei minha mão contra esses profetas de visões ineptas e de oráculos enganadores. Não farão mais parte do conselho do meu povo, não serão inscritos no número da casa de Israel e não regressarão à terra de Israel. E saberão assim que sou eu o Senhor Javé.” (Ezequiel 13,6-9)
“O Espírito diz expressamente que, nos tempos vindouros, alguns hão de apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos embusteiros e a doutrinas diabólicas, de hipócritas e impostores que, marcados na própria consciência com o ferrete da infâmia.” (1 Tim 4,1-2)
Cremos que há muitas pessoas boas dentro da chamada Renovação Carismática ou Movimento Carismático. Muitas pessoas de ‘boa fé’, ainda que ignorantes em muitos casos, que se deixam enganar pelas artes más destes falsos profetas.
A mentalidade atual não tolera a verdade cruelmente expressada. Se atém ao ‘diálogo’, aos bons modos, a jogar água sobre a doutrina com o objetivo de não cair em disputas.
É o que se chama falso irenismo ou ‘paz do mundo’.
Quando nos propomos realizar seriamente esta investigação, sabíamos que chegaríamos a conclusões muito duras para os ouvidos modernistas e progressistas. E que para muitos seria motivo de escândalo.
São Beda nos deu o empurrão que faltava: “Se o escândalo vem pela verdade, é melhor que venha” (Catena Áurea)
Se houvesse uma possibilidade de que o Movimento Carismático e o Padre Betancourt estivessem na verdade... diríamos que teria que os seguir como fiéis discípulos e nos fazer todos ‘carismáticos’. Nós seríamos os primeiros a fazer-lo, porque somente o amor à Verdade é que nos move.
Mas se eles mentem, se eles enganam, se eles não fazem o que a Igreja fez sempre, como cremos haver demonstrado nesta investigação, nos vemos obrigados a enfrentá-los.
Até as últimas conseqüências.
Encomendamo-nos à Santíssima Virgem nesta tarefa, já que ela é o terror dos hereges. A destruidora do maligno e seus erros.
"Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza". (Mt 6,24)
"Quem não está comigo, está contra mim; quem não recolhe comigo, espalha". (Lc 11,23)
©MMV - Militia in Veritate
Para citar este texto:
CRISTIANDAD FM - "MANIPULAÇÕES PSÍQUICAS DO MOVIMENTO CARISMÁTICO" (tradução de Jorge Luis)
Blog TRADIÇÃO VIVA (EM DEFESA DA FÉ CATÓLICA)
http://tradicaoviva.blogspot.com/2007/08/manipulaes-psquicas-do-movimento.html
“Por trás do enorme aparato pseudo-científico e comercial montado para a difusão do Controle Mental, se esconde um amálgama de ambição econômica, pretensões de poder e delírio messiânico. Se esconde em definitivo o perigoso mecanismo das seitas que os conduz à ignorância, à miséria, à alienação e à destruição.”
TÉCNICAS DE INDUÇÃO A CRISE HISTÉRICA
Finalmente e para ilustrar melhor transcrevemos do livro SEITAS E LAVAGEM CEREBRAL (original: SECTAS Y LAVADO DE CEREBRO – ED. BONUM, 1991) do licenciado em Psicologia José María Baamonde este capítulo que nos descreve claramente os ‘casos de sanidade’ (pág. 76):
“A presente é uma técnica utilizada por vários movimentos e, de forma preferencial, por parte daqueles que dizem realizar ‘curas’ ou ‘exorcismos’. Nestes grupos é freqüente ver que ao fazer a imposição das mãos ou outro gesto já estipulado, por parte do líder do grupo, se registrem desmaios ou crises convulsivas em meio a fortes e desgarradores gritos, ou fenômenos de transe diversos.”
“Tais efeitos não respondem a nada mágico, nem milagroso ou sobrenatural.”
“Tão somente é a consciência lógica da utilização de uma técnica psicológica conhecida com o nome de ‘Indução à Crise Histérica’ ou, simplesmente como ‘técnica de indução à crise’, a qual pretende obter uma sorte de choque nas pessoas que são submetidas à mesma.”
“A forma de levá-la a cabo é relativamente simples. Se medirmos em um gráfico a intensidade e inflexão da voz que implementa a técnica, observaríamos os seguintes passos:
- Contando com um auditório previamente preparado, pois veio se relembrando com antecedência não somente sobre o poder inegável do influenciador, mas também sobre a segurança de que se operarão ‘milagres’ e ‘grandes maravilhas’, o influenciador começa a falar calmamente e desde um nível 1.
- Logo depois de começar, incrementa o volume da voz e a inflexão da mesma, até chegar a um nível 4. Esta é uma técnica básica de oratória que pretende, entre outras coisas, mobilizar o auditório. Se o influenciador falasse em um tom monocorde obteria um efeito inverso quase hipnótico, de adormecimento, também muitas vezes utilizado.”
É importante que recordemos que no caso dos Carismáticos muitos dos processos que Baamonde descreve são ‘pulados’ porque a predisposição dos adeptos é tal que não se necessitam tantas irrupções de gritos e inflexões. Será compensada esta carência com o esgotamento físico (calor ou frio, fome e outros incômodos) que facilitarão o aumento da tensão residual.
“No caso que estamos analisando se busca, com o aumento de tensão na voz do influenciador, um aumento recíproco da tensão no auditório.”
“Ao chegar ao nível 4, produz uma descarga da tensão acumulada. Esta descarga geralmente se leva a cabo por meio de exclamações que são, em seguida, repetidas pelo auditório (por exemplo: Aleluia! Glória a Deus! Amém! Graças Jesus! Etc.).”
“Agora se observa que esta descarga é parcial, já que faz cair a tensão tão somente até um nível 3, ou seja, não alcança a extrair a totalidade da tensão acumulada no auditório, e resta em conseqüência uma carga residual de tensão.”
“O influenciador retoma o discurso porém não de onde havia começado, no nível 1, mas inicia a partir do nível 3. Daí volta a incrementar a tensão da voz; até chegar ao nível 6, e produz uma nova descarga.”
“Esta nova descarga, mais violenta e com um uso repetido e ‘in crescente’ dos términos utilizados, chega a um nível 5, pelo que aumenta a carga residual de tensão acumulada.”
“O influenciador prossegue a partir do nível 5 e assim sucessivamente, até que a carga de tensão acumulada no auditório se torna impossível de suportar e necessita ser descarregada violentamente, em forma de choque.”
“Assim começam a gerar-se os clássicos desmaios, gritos histéricos e diversas formas de transe.”
“As pessoas submetidas a tal técnica e que efetuam esta descarga violenta da tensão acumulada em forma de choque registram uma série de sintomas psicofisiológicos muito interessantes.”
“Primeiramente, se observa uma espécie de anestesia sensitiva a nível do córtex cerebral. Por isto é tão freqüente que aquele que sofria de reumatismo, úlcera no duodeno, etc, não registre na forma consciente a dor, e se crê curado.”
“O reumatismo e a úlcera continuam; o que se detém temporariamente é a percepção consciente das dores provocadas por tal ou qual doença.”
“Este fenômeno fisiológico se vê reforçado por outro de ordem psicológico, que consiste em um mecanismo de defesa inconsciente, da integridade iogue.”
“Se de alguma maneira pudéssemos ‘escutar’ o inconsciente, este diria algo mais ou menos assim: ‘Não passei toda essa experiência de tensão para ficar igual. Necessariamente não tenho que sentir mais dor’, ou ‘...necessariamente tenho que ser distinto’.
“A esta síndrome psicofisiológica de anestesia sensitiva, se adiciona um forte estado confusional, característico de todo choque.”
“Chamado estado confusional, entre outros elementos, é ele que possibilita que ao despertar ou sair do estado de crise, o sujeito aceite facilmente a instrução ou explicitação que o influenciador dê a respeito. Se explica assim a total ausência de questionamentos ou pensamento crítico por parte do ‘danificado’, ao ser-lhe dito, por exemplo, que foram exorcizados e retirados vinte demônios de seu corpo.”
CONCLUSÃO FINAL
“Vêem só visões disparatadas, só fazem predições enganosas, eles que dizem: oráculo do Senhor! quando o Senhor não os enviou; e, todavia, esperam a realização de sua palavra. Não é verdade que não tendes senão visões ineptas e não fazeis senão predições enganadoras, quando dizeis: oráculo do Senhor, quando eu não falei coisa alguma? E, por isso, eis o que diz o Senhor Javé: porque proferis oráculos enganadores e tendes visões mentirosas, eu vou castigar-vos - oráculo do Senhor Javé. Estenderei minha mão contra esses profetas de visões ineptas e de oráculos enganadores. Não farão mais parte do conselho do meu povo, não serão inscritos no número da casa de Israel e não regressarão à terra de Israel. E saberão assim que sou eu o Senhor Javé.” (Ezequiel 13,6-9)
“O Espírito diz expressamente que, nos tempos vindouros, alguns hão de apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos embusteiros e a doutrinas diabólicas, de hipócritas e impostores que, marcados na própria consciência com o ferrete da infâmia.” (1 Tim 4,1-2)
Cremos que há muitas pessoas boas dentro da chamada Renovação Carismática ou Movimento Carismático. Muitas pessoas de ‘boa fé’, ainda que ignorantes em muitos casos, que se deixam enganar pelas artes más destes falsos profetas.
A mentalidade atual não tolera a verdade cruelmente expressada. Se atém ao ‘diálogo’, aos bons modos, a jogar água sobre a doutrina com o objetivo de não cair em disputas.
É o que se chama falso irenismo ou ‘paz do mundo’.
Quando nos propomos realizar seriamente esta investigação, sabíamos que chegaríamos a conclusões muito duras para os ouvidos modernistas e progressistas. E que para muitos seria motivo de escândalo.
São Beda nos deu o empurrão que faltava: “Se o escândalo vem pela verdade, é melhor que venha” (Catena Áurea)
Se houvesse uma possibilidade de que o Movimento Carismático e o Padre Betancourt estivessem na verdade... diríamos que teria que os seguir como fiéis discípulos e nos fazer todos ‘carismáticos’. Nós seríamos os primeiros a fazer-lo, porque somente o amor à Verdade é que nos move.
Mas se eles mentem, se eles enganam, se eles não fazem o que a Igreja fez sempre, como cremos haver demonstrado nesta investigação, nos vemos obrigados a enfrentá-los.
Até as últimas conseqüências.
Encomendamo-nos à Santíssima Virgem nesta tarefa, já que ela é o terror dos hereges. A destruidora do maligno e seus erros.
"Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza". (Mt 6,24)
"Quem não está comigo, está contra mim; quem não recolhe comigo, espalha". (Lc 11,23)
©MMV - Militia in Veritate
Para citar este texto:
CRISTIANDAD FM - "MANIPULAÇÕES PSÍQUICAS DO MOVIMENTO CARISMÁTICO" (tradução de Jorge Luis)
Blog TRADIÇÃO VIVA (EM DEFESA DA FÉ CATÓLICA)
http://tradicaoviva.blogspot.com/2007/08/manipulaes-psquicas-do-movimento.html