30 de março de 2008

COMENTÁRIOS SOBRE UMA MENSAGEM DO MONS. JONAS...

DEBOCHAR DE UM DOM DE DEUS É UM SACRILÉGIO

(Publicado no site da Canção Nova em 28/03/2008)

 

image Debochar de um dom de Deus é um sacrilégio. O dom de línguas não fomos nós que o inventamos. Está na Bíblia. É inegável. Esse dom não é brincadeira, é de Deus.

 

A partir daquele derramamento do Espírito Santo há 40 anos, vários daqueles jovens começaram a orar em línguas. Em várias partes do mundo já se ora assim. Negar esse dom é negar uma evidência. E zombar desse dom é um sacrilégio.

Deus, sabendo que não sabemos o que nem como orar, nos dá o dom de línguas. Você precisa começar a soltar a sua língua, a soltar os seus lábios. Você dá a partida. O dom da partida é dom de línguas.

Ore em línguas pelo seu marido, filhos, parentes. Use-o na sua "Corinto" [comunidade, família]. E se você mesmo, meu irmão, é a "Corinto" busque primeiro o batismo no Espírito Santo, porque Deus faz coisas maravilhosas por meio desse dom; muitas pessoas têm se convertido e alcançado muitas bênçãos graças a ele.

Vinde, Espírito Santo!
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib

O senhor tem toda razão, monsenhor... debochar dos dons de Deus é um TERRÍVEL SACRILÉGIO! E fazer de conta que se está 'orando em línguas' e dizer que 'soltando a língua, soltando os lábios', estará dando a partida para 'orar em línguas' é subestimar a inteligência de muitos e se aproveitar da ignorância de outros.

Deus não dá a todos o mesmo dom. Está na Bíblia:

"A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum.  A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, por esse mesmo Espírito; a outro, a fé, pelo mesmo Espírito; a outro, a graça de curar as doenças, no mesmo Espírito; a outro, o dom de milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas. Mas um e o mesmo Espírito distribui todos estes dons, repartindo a cada um como lhe apraz." (1Cor 12,7-11)

O senhor se esqueceu, monsenhor, de citar como aqueles jovens receberam o 'Espírito Santo' há 40 anos... esqueceu das mãos de Flo Dodge impostas sobre os professores da Notre-Dame, esqueceu do livro 'A Cruz e o Punhal', livro protestante que fala sobre o 'orar em línguas' e como este livro impressionou àqueles que o leram, como Patti Galagher. O que o senhor pretende, monsenhor? Fazer todos 'oradores em línguas'??? Desejaria o senhor apenas um dom, e assim fazer com que seus 'discípulos' aspirem apenas a esse dom?

Como disse São Paulo:

"Na Igreja, Deus constituiu primeiramente os apóstolos, em segundo lugar os profetas, em terceiro lugar os doutores, depois os que têm o dom dos milagres, o dom de curar, de socorrer, de governar, de falar diversas línguas. São todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? Fazem todos milagres? Têm todos a graça de curar? Falam todos em diversas línguas? Interpretam todos? "(1Cor 12,28-30)

Rezemos todos os dias o Rosário, meditando a vida de Nosso Senhor e Maria Santíssima. Adoremos ao Santíssimo Sacramento, façamos nossa confissão frequente, assistamos à Santa Missa com devoção e com o mesmo espírito daquelas piedosas mulheres a caminho do Calvário com Jesus.

"ASPIREMOS AOS DONS MAIORES!!!" (1Cor 12,31a)

Oremos: Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Seu irmão em Cristo,

Jorge Luis.

COMENTÁRIOS DE UMA EDITORA CATÓLICA...

Salve Maria!

summ Recentemente o Papa Bento XVI publicou o Motu Próprio SUMMORUM PONTIFICUM, no qual libera o uso do Missal Romano codificado pelo Concílio de Trento e usado até 1962, quando foi substituído pelo 'Novus Ordo' promulgado pelo Papa Paulo VI. As Edições Paulinas já estão comercializando um livreto com o documento, ao custo de R$ 2,90. Basta procurar lá no site. Porém, os detalhes sobre o documento é, no mínimo, estranho:

(Os comentários estão logo após cada parágrafo, em AZUL)

"Por ocasião da aplicação das reformas litúrgicas prescritas pelo Concílio Vaticano II, as determinações romanas encontraram muita resistência por parte de certos grupos que, por razões várias, se apegaram à liturgia recentemente reordenada por Paulo VI, que seguia substancialmente o missal estabelecido por ocasião do Concílio de Trento. A resistência se concentrou na recusa das celebrações litúrgicas em língua vulgar, mas as razões aduzidas iam muito mais longe e implicavam, de fato, uma rejeição do próprio Concílio Ecumênico.

Começamos com a aplicação das 'reformas litúrgicas' pelo Vaticano II. Fala-se de 'liturgia recentemente reordenada por Paulo VI'. Eu diria 'liturgia recentemente desordenada', já que não foram apenas 'certos grupos' que perceberam nesse novo Ordinário um sério desvio da Teologia Católica sobre o Santo Sacrifício. E dizer que tal 'reodernação' seguia 'substancialmente o missal de Trento' é no mínimo achar que somos ignorantes. Se essa reordenação foi feita sobre o Missal Tridentino, o que representava a presença de SEIS pastores protestantes nas sessões da CONCILIUM? Como o próprio Monsenhor Bugnini afirmara, 'era necessário excluir qualquer coisa que causasse constrangimento a nossos 'irmãos separados'. Era necessário, então, eliminar qualquer parte em que se fizesse claro o real sentido da Missa, como Sacrifício incruento de Cristo no Calvário. Tanto que diversos pastores protestantes aprovaram o uso do Novus Ordo, inclusive se sentindo habilitados a usá-lo em seus serviços. Há vídeos no YouTube de um pastor metodista usando o Missale Romanum em seu serviço.

A resistência não se deu, como corretamente diz o texto, à questão da língua vulgar. Mesmo porque o Vaticano II reafirmou a primazia do Latim na liturgia. Porém, deixando às conferências episcopais (o verdadeiro câncer da Igreja pois prefere falar da transposição do São Francisco e do governo do PT) a utilização maior do vernáculo. E, já que virou festa, vamos mudar tudo porque assim vai ficar bom!!! A grande questão se tornou o afastamento da doutrina da Igreja do Magistério anterior, e por isso se fez necessário mudar o Ordinário da Missa. Pois, como encaixar o Mistério e a sublimidade do Rito Tridentino numa Teologia fraca e antropológica dos novos-teólogos que infestaram Roma com suas 'novidades'???

Desde os anos oitenta que João Paulo II constituiu um organismo especial na Cúria Romana, com o objetivo de absorver o cisma então aparentemente consolidado. Apesar de ainda existirem grupos mais obstinados, com os quais tem sido quase impossível dialogar, fizeram-se muitos progressos nesses últimos vinte e cinco anos, e diversas medidas foram tomadas descaracterizando progressivamente todos os pontos mais sérios da resistência ao Concílio.

Não podemos falar em Cisma sem lembrar-nos com dor da pena imposta a Dom Lefebvre e Dom Castro-Mayer. A comissão pontifícia 'Ecclesia Dei' nasceu exatamente para fazer com que aqueles que tinham apreço ao rito pré-conciliar pudessem se sentir 'legalizados' dentro do contexto da Igreja. Mas a que preço? Em Campos, um padre que defendia a Tradição e cujo artigo publicamos aqui, por causa de um báculo e de uma mitra deixou o combate e agora comunga com quem outrora era contra. No Barroux também por causa da mitra abacial, um monge retira-se do combate. Seminaristas abandonam a FSSPX, são recebidos na FSSP (Fraternidade Sacerdotal São Pedro) mas são obrigados a se calar no que diz respeito às ambiguidades do Vaticano II. O IBP (Instituto Bom Pastor) surgiu cheio de esperança. Afinal, admitia-se uma crítica ao Concílio e seus documentos. Mas, agora, onde estão eles?

Fala-se de 'descaracterização dos pontos divergentes do Concílio'. Mas quê??? Tudo que se falava há 40 anos contra o Concílio continua vigente. Pelo contrário, só tem piorado.

Restava a questão da celebração da missa segundo o missal de Paulo VI, em Latim. Demonstrando sabedoria e compreensão, mas também decisão e coragem, Bento XVI de próprio punho, nessa Carta Apostólica com valor de motu proprio, agora publicada, lembrou que tal forma de celebração da Eucaristia nunca fora formalmente proibida e que, portanto, a critério dos bispos, ou mesmo por autorização especial da Santa Sé, admitia-se a celebração nos moldes de Paulo VI.

Missal de Paulo VI em Latim? Mas esse não foi o objetivo do Motu Próprio!!! Ele trata ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE do Missal de São Pio V. Afinal, ele trata da "Liturgia romana anterior à reforma de 1970". Sabedoria, compreensão, decisão e coragem... sim, o Santo Padre teve que usar esses atributos ao publicar tal documento, mas a ignorância de alguns supera todas essas qualidades. Não só a ignorância, mas a desobediência declarada de muitos bispos, que por causa da pouca formação litúrgica de seus padres e deles mesmos, não aplicam em suas dioceses as determinações do Motu Próprio.

Na verdade pouquíssimos pequenos grupos têm hoje condições de se aproveitar da oportunidade que lhes é dada, ao mesmo tempo em que a Igreja, no seu conjunto, fica certamente enriquecida por afirmar de maneira clara e evidente que se superou a fase da uniformidade litúrgica imposta do alto e se está vivendo num clima de diversidade, ainda que isso esteja longe de justificar a improvisação e a criatividade litúrgicas, freqüentes entre nós, que escapam às normas diocesanas e à vigilância dos pastores. Somente a prática poderá vir a confirmar ou não o benefício para o conjunto da Igreja desse gesto inteligente e magnânimo de Bento XVI."

Na verdade se há pouquíssimos grupos que podem aproveitar a riqueza do rito tridentino é por culpa dos próprios bispos. É culpa da má-formação de nossos padres em seminários infestados de doutrina marxista. Culpa da saída da Escolástica e do Latim do currículo e inclusão de matérias que formam qualquer pessoa, menos um padre.

Vivemos, após o Vaticano II, um clima de 'diversidade litúrgica' de proporções demolidoras. O Motu Próprio vem justamente contra essa 'diversidade', e as próprias declarações do Papa Bento XVI caminham nessa direção. Diversidade esta que vai minando a unidade da Igreja, que muitos vão para a Missa por causa de padre 'X', porque a missa daquela paróquia é mais animada, porque naquela outra paróquia os leigos estão mais 'atuantes' e tomando conta do presbitério como MECEs. A promulgação do Motu Próprio vem justamente na direção da reordenação do rito Paulino, despojado de majestade e de riqueza litúrgica. Muitos dizem que o uso do rito Tridentino fará com que se enriqueça o rito do Vaticano II. Arriscaria dizer que, ao usar o rito Tridentino, muitos padres se sentirão compelidos a abandonar o Missal de 1970 por sua pobreza, e ao descobrirem a pobreza e a ambiguidade do Concílio Vaticano II, redescobrirão o tesouro que a Igreja guarda por quase dois milênios, e que em 1962 tentaram jogar no lixo. Graças a muitos que disseram 'NÃO' às ambiguidades conciliares, temos hoje resgatado o rito de todos os Santos da Igreja, dos mártires espanhóis beatificados por Bento XVI recentemente, dos 'cristeros' mexicanos que morreram ao verem sua fé ultrajada pelos inimigos da Igreja.

Pax Christi!!!

ENTRE BLASFÊMIAS E PROFANAÇÕES...

Salve Maria!

Neste 'Domingo in Albis', como sempre faço fico 'zapeando' os canais de TV e fico de olho em alguma novidade que, de vez em quando, surge na TV CN(Era). Hoje a liturgia foi 'presidida' pelo Pe. Roberto Lettieri, da 'tradicional' Toca de Assis (coloquei 'tradicional' porque a VEJA assim a chama em sua reportagem sobre o aumento das vocações religiosas - e considerar o aumento da CN, da Toca e da Opus Dei como aumento vocacional é no mínimo uma piada!!!), e no fim de sua 'homilia' (a câmera flagrou até gente dormindo...) ele cita um artigo do 'professor' Felipe Aquino, sobre uma peça que está em cartaz em Brasília. Peça esta que, como a grande maioria das composições artísticas atuais, usa como tema o ataque à Igreja Católica e seus ritos. Abaixo, o cartaz da 'comédia' (ainda estou procurando onde está a 'comédia'...):

opi0359_nunca_fui_santo

Fiz questão de descaracterizar na imagem dados como o nome do autor, elenco, telefones, patrocinadores, ao contrário do prezado 'professor'. Não é minha intenção fazer propaganda para tamanho mau gosto. Se você quiser ver mais detalhes da tal 'comédia', dê uma olhadinha no site Cleofas. Lá o cartaz foi mantido inalterado.

Pior que satirizar a Igreja e seus ritos é profanar o Corpo e o Sangue de Cristo, como o próprio padre Lettieri disse no decorrer de sua homilia. O que dizer da famosa 'dança com o Santíssimo' realizada há algum tempo durante um 'Congresso de Novas Comunidades' lá mesmo no rincão?

(Clique aqui para ver o vídeo)

E o que dizer daqueles que vão assistir uma 'missa' (mesmo que seja em um retiro de férias, acampamento de verão, que seja!!!) sem o mínimo decoro, e recebem desta maneira o Corpo de Cristo???

Foto-20

Por favor, não me venham com desculpas para justificar tais atos. Aliás, para os 'moderninhos' tudo é justificativa. Claro, tudo para trazer mais jovens para a Igreja, para deixar a liturgia mais 'light', enfim....

Para terminar, padre Roberto profere 'ameaças' de castigo divino para o autor da peça. Pior castigo, padre, será para aqueles que sabem e mesmo assim ousam profanar o Santíssimo Corpo de Nosso Senhor. Pior castigo será para aqueles a quem muito foi dado, pois muito lhe será cobrado.

Misericórdia, Senhor, para aqueles que profanam teu Santíssimo Corpo e erguem seus olhos como o fariseu...

Pax Christi!!!

Notas:

- Foto retirada do site 'PERSEVERANÇA NA FÉ', do amigo André.

26 de março de 2008

UM COMENTÁRIO QUE MERECE COMENTÁRIO...

Salve Maria!!!

No artigo "A MISSA DE SEMPRE... PARA SEMPRE", um consulente que se denomina 'mongerenovado' deixou o seguinte comentário:

"Que bom ver que uma notícia velha apesar de se ter acontecido o fato aninda continua sendo dada pretenciosamente como antes.
- Esta é a hora em que vemos os 'lobos' mostrando os dentes, rosnando de raiva e acuados diante do cajado do Pastor da Igreja.
A confirmação do uso do rito Tridentino que nunca fora proibido, apenas deixou de ser usado, pois era antisemita, e porque o rito novo se tronou bem mais aceito e participativo pelo povo, salvo é claro os abusos cometidos pelos movimentos sem espiritualidade e paises sem excrupolos humanos.
Hoje o Papa já Liberou o uso do rito de Sempre para quem quiser celebrar, porém não substituiu a Nova Missa que continua sendo o modo ordinário da celebração enquanto que o Tridentino será extraordinário.
Contra factum nonst Argumentum."

Considerando que a notícia foi postada em 13 de dezembro de 2006, o início do comentário do 'mongerenovado' se faz muito estranho... porém, mais estranho e escabroso é o que ele afirma ser o real motivo de não se usar mais o rito de São Pio V:

"A confirmação do uso do rito Tridentino que nunca fora proibido, apenas deixou de ser usado, pois era antisemita, e porque o rito novo se tronou bem mais aceito e participativo pelo povo..."

Então, segundo nosso 'mongerenovado', fora o rito Tridentino pois ele é antisemita!!! Gostaria que ele me citasse, dentro dos documentos que guiaram a Reforma Litúrgica conciliar e pós-conciliar (diria Deforma...) onde este argumento (o antisemitismo do rito Tridentino) é levado em consideração. Se pensarmos por este prisma, todo o Cristianismo deveria ser 'reformado' pois ele é antisemita! Já que desejamos a conversão dos judeus ao Cristianismo, e que eles reconheçam a Cristo como o Messias que haveria de vir, então a Igreja de Cristo prega o antisemitismo!

Mas se o próprio João XXIII retirou da Oração da Sexta-Feira Santa o 'perfidis' e permitiu que se fizesse o 'Flectamus' antes de se recitar a oração pelos judeus... Mas não deixou de orar pela sua conversão, para que se lhes fosse retirado o véu, para que reconhecessem a Jesus como Messias. Mas não é isso que o nosso 'mongerenovado' pensa... Ele, como bom 'ecumenista', prefere abaixar sua cabeça para os que não professam a sua fé enquanto eles continuam se portando como sempre se portaram: agredindo e ofendendo a Fé Católica, e por consguinte, a Cristo.

Em uma profunda mostra de desconhecimento, nosso 'mongerenovado' continua:

"...e porque o rito novo se tronou bem mais aceito e participativo pelo povo, salvo é claro os abusos cometidos pelos movimentos sem espiritualidade e paises sem excrupolos humanos."(sic)


Sobre a 'aceitação plena pelo povo' a que se refere o 'mongerenovado', cito palavras do Cardeal Ottaviani, em uma carta assinada juntamente com o Cardeal Bacci, documento este conhecido como "A INTERVENÇÃO OTTAVIANI":

"As inovações na Novus Ordo e o fato de que tudo o que possui um valor perene encontra ali apenas um lugar secundário – se é que continua a existir – poderiam muito bem transformar em certeza as suspeitas, infelizmente já dominantes em muitos círculos, de que as verdades que sempre foram objeto de crença pelos cristãos podem ser alteradas ou ignoradas sem infidelidade ao sagrado depósito da doutrina ao qual a fé católica está para sempre ligada. As reformas recentes demonstraram amplamente que novas alterações na liturgia não podem ser efetuadas sem levar à completa confusão por parte dos fiéis, os quais já demonstram sinais de relutância e um indubitável afrouxamento da fé. Entre os melhores clérigos, o resultado é uma agonizante crise de consciência, da qual um sem número de exemplos chega a nós diariamente."(1)

E o mesmo documento afirma:

"Mas esta mesma Constituição, que poria fim definitivamente ao uso do antigo Missal, afirma que a presente reforma é necessária porque: "um profundo interesse em fomentar a liturgia disseminou-se e fortaleceu-se entre o povo cristão." Parece que esta última afirmação contém um sério equívoco. Se o povo cristão expressou algo, foi sim o desejo (graças ao grande São Pio X) de descobrir os verdadeiros e imortais tesouros da liturgia. Ele nunca, absolutamente nunca, pediu para que a liturgia fosse alterada ou mutilada a fim de ser mais facilmente compreensível. O que os fiéis queriam era um melhor entendimento da única e inalterável liturgia – uma liturgia que eles não desejavam ver modificada. Católicos por toda a parte, bem como padres e leigos, amavam e veneravam o Missal Romano de São Pio V. É impossível compreender como a utilização deste missal, em conjunto com a instrução religiosa adequada, poderia impedir os fiéis de participar da liturgia de forma mais plena ou de entendê-la de forma mais profunda. É igualmente incompreensível por que o antigo Missal, quando seus formidáveis méritos são reconhecidos, deva agora ser considerado indigno de continuar a alimentar a piedade litúrgica dos fiéis. Já que a "Missa Padrão", agora reintroduzida e novamente imposta na forma da Nova Ordenação da Missa, já havia sido rejeitada em substância no Sínodo, já que ela nunca foi submetida ao julgamento colegiado da conferência nacional de bispos e já que os fiéis nunca pediram qualquer reforma que seja da Missa, é impossível compreender as razões para a nova legislação – legislação que subverte uma tradição intocada na Igreja desde os séculos IV e V."(2)

O curioso é que nem o Cardeal Alberto Ottaviani nem o Cardeal Antonio Bacci foram excomungados por tal documento (se alguém o quiser, basta me pedir no mail que está ao lado) e foi este documento quem 'adiou' a imposição do Novus Ordo em 2 anos (após haver sido 'reprovado' pelo Sínodo dos Bispos em 1967 - se considerarmos que, de 187 bispos, 47 se opuseram, 62 aprovaram com reservas e 4 se abstiveram, contando 113 votos), de 1967 até 1969, quando foi promulgada a 'Missale Romanum'.

E a 'aceitação ampla' do Novus Ordo foi dada justamente pelos "movimentos sem espiritualidade e paises sem excrupolos humanos" citados pelo 'mongerenovado', já que teriam a oportunidade de inserir novidades e moldar o rito ao seu bel-prazer (missas carismáticas, missas neocatecumenais, missas-crioulas, missas-vaqueiras, missas-comício).

Certo, como disse o 'mongerenovado', é que o Papa deu aos sacerdotes liberdade para usarem o rito Tridentino, sem que o Novus Ordo deixe de ser o rito ordinário. Mas também é certo que o mesmo Bento XVI mostra sinais de abandono de certas práticas e usos que seus predecessores faziam, bem como tirou do guarda-roupa do Vaticano alguns paramentos há algum tempo esquecidos por Paulo VI e João Paulo II (não ouso nem falar sobre João Paulo I, já que ele reinou por tão pouco tempo...). E, talvez deva ter passado desapercebido por nosso 'mongerenovado', é através do rito Tridentino, da forma 'extraordinária' do rito Romano, que Sua Santidade busca dar dignidade ao Novus Ordo. E, com o passar dos tempos, podemos ver o rito Tridentino engolindo o Novus Ordo.

Ao 'mongerenovado', meus sinceros agradecimentos pelo comentário postado, que me dá a oportunidade de observar como muitos desconhecem os fatos acerca da Reforma Litúrgica. Espero que este tópico ajude aos consulentes deste blog a compreenderem alguns aspectos do rito Tridentino.

E, para terminar, apenas corrigindo:

CONTRA FACTUM NON VALET ARGUMENTUM.

Só não vê quem não quer...

Pax Christi!!!

Jorge Luis

Notas:

(1)  e (2) - Extraído da Carta dos Cardeais Alfredo Ottaviani  e Antonio Bacci para Sua Santidade Papa Paulo VI - Vulgarmente Chamada "INTERVENÇÃO OTTAVIANI"

23 de março de 2008

CHRISTUS RESSURREXIT!!! ALLELUIA!!!


"Por que buscais entre os mortos aquele que está vivo? Não está aqui, mas ressuscitou!" (Lc 24,5b-6)


"O anjo apareceu envolto numa túnica branca, diz São Gregório, para anunciar a alegria da nossa festa. A alvura das vestes representa o brilho e a magnificência da nossa solenidade.

Da nossa? Da nossa e da deles: porque a Ressurreição do Senhor foi e é indubitavelmente a nossa festa, pois reintegrou-nos na vida da graça, e é também a dos anjos, porque reabilitando-nos para o céu preencheu entre eles as cadeiras que a defecção dos rebeldes deixara vazias."

(Extraído do Missal Quotidiano e Vesperal)

21 de março de 2008

VIGÍLIA PASCAL

 

senhormorto

 

"Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar. No lugar em que ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda fora depositado. Foi ali que depositaram Jesus por causa da Preparação dos judeus e da proximidade do túmulo". (Jo 19, 41-42)

CARDEAL SARAIVA MARTINS REVÊ ALGUMAS CAUSAS DE CANONIZAÇÕES

cardeal Em 18 de Fevereiro, na ocasião da apresentação da instrução Sanctorum Mater, o cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregation para a Causa dos Santos, reviu o progresso de um número de causas de beatificação e de canonização. De antemão, declarou: "a Igreja está interessada na verdade, apenas na verdade, nos fatos, na realidade," e em cada caso empreende "um estudo profundo e sério."

 

 

 

 

 

i_dehon-foto Sobre o padre francês Léon Dehon (1843-1925), "nós estamos pesquisando ainda sua causa," declarouo o prelado romano. Seu beatificação tinha sido programada para abril de 2005, mas foi suspensa por Bento XVI que decidiu reunir uma comissão com o encargo de trazer esclarecimentos sobre seu anti-semitismo. Sem adicionar mais precisões, o cardeal Saraiva Martins indicou que uma pesquisa mais adicional sobre caso pode "impedir uma discussão desnecessária após a beatificação."

 

 

 

 

pioxii

A respeito de Pio XII (1939-1958) o prefeito da Congregação para a Causa dos Santos indicou que sua causa "não esteve parada." Recordou brevemente a existência de uma comissão especial que está encarregada de estudar o dossier da causa de beatificação do papa da Segunda Guerra Mundial. Indicou que o silêncio famoso de Pio XII a respeito de uma condenação do nazismo não é uma verdade histórica. "Mais do que silêncio, eu diria prudência" a fim de não deixar a situação dos judeus "muito mais séria e intolerável." E observou que "imediatamente depois da guerra muitos judeus prestaram homenagens" às suas iniciativas. O cardeal português especificou que a causa de Pio XII "não tinha sido atrasada nem muito menos suspensa." Explicou que este ano nós comemorávamos o 50º aniversário da morte do papa Pacelli, e nós julgamos oportuno tirar vantagem disso para promover um número de iniciativas - entre outras um simpósio e uma exposição sobre seu pontificado -- assim contribuindo para fazer a pessoa de Pio XII melhor conhecida assim como sua espiritualidade.

 

joaoxxiii Para João XXIIII (1958-1963), um milagre deve ainda ser provado após sua beatificação em 2001 para permitir seu canonização. Quanto a Paulo VI, o promotor da causa estão escrevendo agora seu positio, um documento que resume todos os testemunhos coletados durante o inquérito diocesano. A respeito de João Paulo II, o cardeal Saraiva Martins indica que se Bento XVI concedeu uma dispensa do prazo necessário antes da abertura da causa da beatificação e  canonização do papa polonês, ele não dispensou o processo. Assim, "o procedimento deve seguir seu curso normal." Adicionou que nós não devemos esperar uma beatificação de Karol Wojtyla para o dia 2 de abril próximo, na ocasião do terceiro aniversário de sua morte.

 

mae_st pai_st Em uma entrevista concedida a Avvenire em 1º de fevereiro, o prefeito da Congregação para a Causa dos Santos falou sobre a beatificacção dos pais de St. Therese de Lisieux (1873-1897). Visto que em 9 dejaneiro, no Osservatore Romano, tinha anunciado que o procedimento para a beatificação do casal Martin estava a ponto de ser conclído, o cardeal Saraiva Martins pensou que "este evento" devia "ser considerado não ainda como iminente." "Há um milagre presumido, que aconteceu em um bebê recém-nascido em 2001. Ele ja foi examinado pela comissão médica, mas deve ainda ser estudado por teólogos." Para o cardeal português "este será um evento significativo na igreja universal, pela razão da grande devoção que sua filha goza sobre todo o mundo."

(fontes: Zenit/Apic/Imedia): 14/3/2008

Publicado em DICI - Traduzido por Jorge Luis

DES-ORDEM RELIGIOSA

Após os Jesuítas, os Salesianos estão reunidos em Roma para o capítulo geral de sua congregação. O Papa aproveitou a oportunidade para lembrar a ambos da fidelidade necessária ao espírito de seus fundadores, São Inácio e São João Bosco. Entre as linhas do discurso do Papa, nós podemos ler um relatório severo sobre o estado dilapidado da ordem religiosa.

Em 1985, em Iota Unum, o professor Romano Amerio, com notável perspicácia, já denunciava a razão profunda atrás desta deterioração: "a crise da vida religiosa vem da adoção do princípio da independência e do fato que os valores estão dissolvendo no subjetivismo. A comunidade está retornando ao estado de uma multidão desorganizada: cada um por si. Da liberdade para julgar o superior, você cai facilmente naquilo de escolher qualquer coisa, (...) até mesmo seu lugar de residência. Não é sem razão que em alguns monastérios o ofício de porteiro foi suprimido. Eu não digo que as reformas não escondem embaixo o pretexto de uma razão ou outra: Eu digo que o pretexto é limitado. (Iota Unum)

Fonte: site DICI (Carta do Editor, DICI 147) - Tradução de Jorge Luis

14 de março de 2008

DE CARA NOVA

Salve Maria!!

Hoje o blog está com uma nova cara. O lay-out título foi feito por um amigo, o Dioney (http://servosdacruz.blogspot.com), a quem agradeço.

Uma outra mudança será de ordem textual: procurarei expor no blog mais textos relacionados ao Magistério da Igreja e defesa da Tradição Católica, sem deixar de postar denúncias e alertar aos amigos leitores os abusos que se fazem nos mais diversos 'rincões' deste nosso Brasil.

Contem com este espaço para divulgação de artigos, para relatar sua queixa, tirar suas dúvidas. O e-mail para contato está ao lado.

Este espaço é para a maior glória de Deus e de sua Santa Igreja, pois ele existe por causa dEle.

Pax Christi!!!

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