Crux fidelis, inter omnes
Arbor una nóbilis:
Nulla silva talem profert,
Fronde, flore, gérmine.
Dulce lignum, dulces clavos,
Dulce ferens póndera:
Quae sola fuísti digna sustinére
Regem caelórum et Dóminum.(1)
A festa de hoje teve primeiramente por objeto único a invenção da Santa Cruz, levada a efeito por Santa Helena, e a dedicação das basílicas constantinas, consagradas no dia 14 de Setembro de 335. Mais tarde porém, a memória doutro acontecimento veio tomar o lugar dos que referimos, e foi a restituição da Santa Cruz feita pelos persas em 629. Com efeito, em 615, Cósroas, rei dos persas, apoderara-se de Jerusalém e da Relíquia da Vera Cruz. Quatorze anos mais tarde, o imperador Heráclio derrotou Cósroas e exigiu dele a entrega da preciosa relíquia.
Entrando em Jerusalém, quis levar ele mesmo a Santa Cruz com grande pompa real para a repor no Calvário. Caminhava coberto de ouro e pedrarias com a Cruz do Senhor às costas, quando, de repente, às portas da cidade que dão para o Calvário, se sentiu preso por uma força invisível que o não deixou prosseguir. Zacarias, Bispo de Jerusalém e testemunha presencial do fato, advertiu então:
- Com estas vestes, estais longe de imitar a pobreza de Jesus Cristo e a humildade com que levou a Cruz.
Heráclio despojou-se então das vestes riquíssimas que envergava, descalçou-se, cobriu-se com um manto ordinário e pôde sem dificuldade levar a Santa Cruz para o Calvário.
A morte do Senhor na cruz foi simultaneamente o seu triunfo e sacrifício. Ele o predissera na véspera da paixão: "É agora que o príncipe deste Mundo vai ser lançado fora; e quando eu Me elevar da Terra, tudo atrairei a Mim" (Jo 12,31-32). São Paulo constata-o por seu lado ao salientar que a exaltação de Cristo assenta no sofrimento e tira para nós a consequência: "Devemos gloriar-nos na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo" (Gal 6,14).
Unamo-nos em espírito com os fiéis que na basílica de Santa Cruz de Jerusalém em Roma, veneram hoje as relíquias da Santa Cruz, em que se operou o mistério da redenção dos homens.
(1) Tradução:
Ó Cruz, símbolo da fé,
Árvore entre todas nobilíssima,
Que em parte alguma tens igual na beleza dos ramos,
Flores e frutos.
Ó bendito lenho e benditos cravos
Que tão suave peso sustentastes,
Só vós fostes dignos de sustentar
O Rei e Senhor dos Céus.
Fonte: Missal Quotidiano e Vesperal, Dom Gaspar Lefebvre - 1957 - Festa da Exaltação da Santa Cruz.
Entrando em Jerusalém, quis levar ele mesmo a Santa Cruz com grande pompa real para a repor no Calvário. Caminhava coberto de ouro e pedrarias com a Cruz do Senhor às costas, quando, de repente, às portas da cidade que dão para o Calvário, se sentiu preso por uma força invisível que o não deixou prosseguir. Zacarias, Bispo de Jerusalém e testemunha presencial do fato, advertiu então:
- Com estas vestes, estais longe de imitar a pobreza de Jesus Cristo e a humildade com que levou a Cruz.
Heráclio despojou-se então das vestes riquíssimas que envergava, descalçou-se, cobriu-se com um manto ordinário e pôde sem dificuldade levar a Santa Cruz para o Calvário.
A morte do Senhor na cruz foi simultaneamente o seu triunfo e sacrifício. Ele o predissera na véspera da paixão: "É agora que o príncipe deste Mundo vai ser lançado fora; e quando eu Me elevar da Terra, tudo atrairei a Mim" (Jo 12,31-32). São Paulo constata-o por seu lado ao salientar que a exaltação de Cristo assenta no sofrimento e tira para nós a consequência: "Devemos gloriar-nos na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo" (Gal 6,14).
Unamo-nos em espírito com os fiéis que na basílica de Santa Cruz de Jerusalém em Roma, veneram hoje as relíquias da Santa Cruz, em que se operou o mistério da redenção dos homens.
(1) Tradução:
Ó Cruz, símbolo da fé,
Árvore entre todas nobilíssima,
Que em parte alguma tens igual na beleza dos ramos,
Flores e frutos.
Ó bendito lenho e benditos cravos
Que tão suave peso sustentastes,
Só vós fostes dignos de sustentar
O Rei e Senhor dos Céus.
Fonte: Missal Quotidiano e Vesperal, Dom Gaspar Lefebvre - 1957 - Festa da Exaltação da Santa Cruz.